MP do Paraná denuncia Ricardo Barros por suposta lavagem de dinheiro
O líder da bancada do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), foi denunciado no Ministério Público do Paraná por um suposto esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina sobre a aquisição de duas empresas de energia eólica para a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A informação foi confirmada por O Antagonista...
O líder da bancada do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), foi denunciado no Ministério Público do Paraná por um suposto esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina sobre a aquisição de duas empresas de energia eólica para a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A informação foi confirmada por O Antagonista.
Segundo a denúncia, ao longo de dois anos, Barros teria recebido mais de R$5 milhões pelo esquema e envolve a aquisição de duas empresas do setor eólico, ambas da Galvão Engenharia, a um custo de R$ 196,9 milhões. A investigação aponta que o parlamentar teria recebido da empreiteira cerca de R$ 5,1 milhões por facilitar junto à direção e a funcionários da estatal o fechamento dos negócios. Movimentações de lavagem do dinheiro podem ter rendido ainda mais ao político.
A investigação relata episódios ocorridos quando Barros comandava a extinta Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná. O deputado chefiou a pasta entre janeiro de 2011 e março de 2014 e deixou o cargo para concorrer às eleições gerais de outubro daquele ano, em data limite para cumprimento da legislação eleitoral.
Em nota, Barros afirmou que repudia o ato do MP e que a denúncia não se sustenta. “Auditorias independentes realizadas mostraram ausência de dano ao erário na compra do parque eólico. O próprio delator reconhece que a venda foi abaixo do preço. Não houve tráfico de influência. Além disso, depósitos citados pelo Ministério Público são lícitos e estão declarados no meu imposto de renda ou das minhas empresas. As aquisições também estão declaradas”, disse Barros.
Segundo Barros, o fato de a denúncia ter sido protocolada exatamente no dia 3/11, quando estava na pauta a votação na Câmara da PEC da Vingança, aquela que alteraria a composição do CNMP e não foi aprovada.
“A doação eleitoral oficial da Galvão ao diretório nacional do PP foi lícita e espontânea. Os valores foram distribuídos a vários candidatos que concorreram na eleição de 2014. A mim, foi destinado menos de 20 % do valor total, como reconhece o próprio MP eleitoral. Repudio o ativismo político do MP, o vazamento de informações sigilosas e a criminalização das doações oficiais. Provarei mais uma vez a minha boa fé, como já provei em outras acusações do Ministério Público”, afirmou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)