Mourão quer saber da ‘contra-espionagem’ nas embaixadas
Senador questionou serviço depois que jornal americano The New York Times revelou imagens que mostram o ex-presidente Bolsonaro na embaixada da Hungria
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) usou as redes sociais para questionar sobre uma suposta “operação de inteligência de monitoramento de embaixadas no Brasil”. A publicação veio depois que o jornal americano The New York Times revelou imagens que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada da Hungria, em Brasília.
“A pergunta que não quer calar… Existe uma operação de inteligência estrangeira monitorando determinadas embaixadas no Brasil? Caso positivo, onde anda a contra-espionagem?”, questionou o senador.
Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria quatro dias após a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro. A operação investigava uma trama para golpe de Estado.
O jornal sugere que Bolsonaro estava tentando uma aproximação com Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, com planos de escapar do sistema judicial brasileiro.
“O ex-presidente pareceu ficar na embaixada durante os dois dias seguintes, mostrou a filmagem, acompanhado por dois seguranças e servido pelo embaixador húngaro e por membros da equipe. Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais”, diz o jornal.
O New York Times diz ter analisado três dias de gravações, de segunda-feira, 12 de fevereiro, a quarta-feira, 14 de fevereiro. Durante esses dias, Bolsonaro teria sido discreto. O jornal americano destaca as relações entre Bolsonaro e Orban, a quem o ex-presidente brasileiro já chamou de “irmão”, e diz que a rotina da embaixada mudou durante a passagem de Bolsonaro.
“No dia 14 de fevereiro, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros locais, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, instruindo-os a ficar em casa pelo resto da semana, segundo o funcionário da embaixada. Eles não explicaram o porquê, disse o funcionário”, diz o jornal.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)