Motta mira votação recorde na Câmara; Alcolumbre quer repetir Sarney
O deputado do Republicanos pode ter até 480 votos, segundo seus aliados; já o ex-presidente do Senado mira ter 70 votos

As eleições de Hugo Motta (Republicanos), na Câmara, e de Davi Alcolumbre (União Brasil), no Senado, tendem a ser as mais tranquilas na história do Congresso Nacional. Aliados de Motta acreditam que ele pode conseguir até 480 votos; Davi Alcolumbre aposta em um placar de até 70 votos.
No caso de Motta, caso essa votação se confirme, ele conseguiria ser eleito com mais votos que o seu padrinho, Arthur Lira (PP-AL). Em 2023, Lira foi reeleito com 464 votos – um recorde.
No caso de Alcolumbre, ele quer repetir um feito de um outro senador do Amapá: o maranhense José Sarney. Na última vez que Sarney disputou a presidência do Senado, em 2011, ele foi reeleito com 70 votos. Na época, Sarney, que tinha 80 anos, disputou o cargo contra o jovem senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), de apenas 38 anos, que exercia seu primeiro mandato e obteve oito votos.
Na Câmara, Motta disputará o cargo contra os deputados Henrique Vieira (PSOL) e Marcel Van Hattem (Novo). As duas candidaturas servirão apenas para demarcar posição, já que dificilmente ameaçarão Motta.
No Senado, vão tentar uma surpresa os senadores Marcos Pontes (PL), Marcos do Val (Podemos), Eduardo Girão (Novo) e Soraya Thronicke (Podemos). Pontes deve ser aquele com a maior possibilidade de tirar votos de Alcolumbre, já que há uma ala do PL incomodada com a adesão à candidatura do parlamentar amapaense.
A costura no Senado foi feita pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem se desdobrado nas redes sociais para explicar o apoio à candidatura de Davi Alcolumbre. Nesta sexta-feira, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), explicou em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília que o apoio visa garantir espaço do PL na mesa diretora e nas comissões.
“Nós aprendemos muito nas últimas eleições para o Senado. Agora, precisamos garantir um espaço e evitar que sejamos alijados desse processo”, disse o parlamentar.
As eleições no Congresso começam às 10h, no Senado, e às 16h na Câmara.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)