Morte de rabino expõe risco de judeus em países árabes
Autoridades israelenses classificaram o crime como “um ato hediondo de terror antissemita”, enquanto o governo dos Emirados Árabes anunciou a prisão de três suspeitos e prometeu punições severas
O assassinato do rabino Zvi Kogan, 28, um emissário do movimento Chabad nos Emirados Árabes Unidos, revelou graves negligências na proteção de comunidades judaicas, mesmo em países que estabeleceram laços diplomáticos com Israel.
Kogan desapareceu em 21 de novembro, sendo encontrado morto na cidade de Al Ain, distante cerca de 150 km de Abu Dhabi. Autoridades israelenses classificaram o crime como “um ato hediondo de terror antissemita”, enquanto o governo dos Emirados Árabes anunciou a prisão de três suspeitos e prometeu punições severas.
Desde 2020, Kogan liderava iniciativas para consolidar a vida judaica nos EAU, incluindo a abertura do primeiro centro educacional judaico no Golfo e a gestão do único mercado kosher em Dubai, o Rimon Market. O local havia sido alvo de vandalismo recente, com protestos online de grupos pró-palestinos.
Sua esposa, Rivky Kogan, sobrinha de Gavriel Holtzberg (vítima do ataque ao Chabad House em Mumbai, em 2008), também desempenhava um papel ativo na comunidade.
O governo israelense expressou gratidão pela cooperação dos Emirados, mas reforçou alertas de viagem para a região. Há suspeitas de envolvimento de agentes recrutados pelo Irã, refletindo um aumento de ameaças contra judeus e israelenses no exterior após o aumento de hostilidades regionais.
O caso expõe a necessidade de estratégias de segurança mais robustas para comunidades judaicas em países que buscam normalizar relações com Israel. Líderes como Isaac Herzog e Benjamin Netanyahu prometeram que o legado de Kogan continuará impulsionando a presença judaica no Golfo, enquanto Israel trabalha para garantir que os responsáveis enfrentem a justiça.
Apesar do choque, membros da comunidade judaica nos EAU reafirmaram o compromisso com suas iniciativas. “Ataques como esse não irão nos deter”, declarou o rabino Levi Duchman, chefe da comunidade local.
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