Moro acaba com a defesa
O depoimento de Fernando Sampaio Barbosa, presidente do estaleiro Enseada, do grupo Odebrecht, cumpre o roteiro desenhado pela defesa de encrencados como Antonio Palocci, por exemplo, mas só até Sergio Moro fazer as perguntas que interessam...
O depoimento de Fernando Sampaio Barbosa, presidente do estaleiro Enseada, do grupo Odebrecht, cumpre o roteiro desenhado pela defesa de encrencados como Antonio Palocci, por exemplo, mas só até Sergio Moro fazer as perguntas que interessam.
Trata-se de um funcionário com posição hierárquica abaixo da cúpula de executivos que lidavam, de fato, com a propina paga pelo grupo ao PT e seus aliados. Como ele não apitava grande coisa no esquema da ORCRIM, não tem muito a dizer.
A defesa de Palocci deleita-se ao ouvir de Sampaio que ele só conhece Palocci pela imprensa. Foi essa a grande pergunta feita pela defesa do ex-ministro ao depoente hoje cedo.
Faz lembrar o depoimento da secretária Maria Lúcia Tavares, que nunca tinha visto Palocci pessoalmente, o que, obviamente, não diz grande coisa a favor do réu. Ele não tratava com secretárias nem com diretores do porte de Sampaio. Tratava com a cúpula.
O que importava naquele depoimento era saber se Palocci era ou não o tal “Italiano” das planilhas do departamento de propina do Grupo Odebrecht. Segundo o depoente, sim, Palocci era o Italiano. “A gente sabia que o italiano era o Palocci”.
Moro ainda pergunta: “A gente sabia o quê?”.
O depoente responde: “Eu sabia. Tinha sido informado pelo Márcio Faria”.
A defesa pode espernear, mas é difícil defender o indefensável.
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