Moro isolou chefes de facções; o que Mendonça fez?
Em seu primeiro ano como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro determinou a transferência de 321 líderes e integrantes de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte...
Em seu primeiro ano como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro determinou a transferência de 321 líderes e integrantes de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte.
Marcola, líder do PCC, foi o primeiro a ser transferido, numa operação planejada em sigilo e executada em fevereiro de 2019 com apoio das Forças Armadas.
O isolamento dessas lideranças desarticulou o crime organizado e abriu espaço para o avanço de outras investigações, inclusive as do MP de São Paulo que dissecaram o organograma do PCC, chegando a seus núcleos financeiro e jurídico.
Também foi do ex-juiz o Programa Vigia, que estabeleceu operações integradas, bases operacionais, aquisição de equipamentos e capacitação de agentes de fronteira contra o tráfico de drogas e armas.
O sucesso de Moro na área da segurança pública coincidiu com o aumento da pressão sobre Jair Bolsonaro para dividir o MJSP em duas pastas. Um dos mais exaltados era o governador do DF, Ibaneis Rocha.
Em janeiro, o ainda ministro foi ao Twitter defender sua gestão (veja abaixo). Curiosamente, depois que André Mendonça assumiu o lugar de Moro nunca mais se discutiu a divisão da pasta.
Além de colher os frutos do trabalho alheio e puxar o saco do chefe, Mendonça poderia explicar o que andou fazendo como ministro até hoje.
342 criminosos perigosos foram transferidos aos presídios federais em 2019. Ao final do ano, eram 624, recorde histórico. Pela lei anticrime, todas as conversas com visitantes são gravadas, o que reduz a possibilidade do envio de ordens para a prática de crimes lá fora.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 25, 2020
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