Moro diz que anulação da prisão de Lula é um “baita erro” judiciário
O ex-juiz Sergio Moro, em evento do grupo Lide, afirmou nesta sexta-feira (18) que o Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões equivocadas e voltou a falar sobre a anulação da condenação de Lula...
O ex-juiz Sergio Moro, em evento do grupo Lide, afirmou nesta sexta-feira (18) que o Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões equivocadas e voltou a falar sobre a anulação da condenação de Lula.
“A anulação da prisão do presidente (sic) Lula é um baita erro judiciário. O STF em março de 2018 autorizou a prisão. Três anos depois o STF anula e ninguém tem coragem de dizer que ele é inocente. Mandou uma mensagem ruim ao país, de que o crime compensa. Queremos um país com crescimento econômico e que ninguém está acima da lei, quem quer que seja. Todo mundo tem que cumprir a lei e não adianta ficar se lamentando”, disse.
Moro também voltou a falar em reforma da Justiça com uma Justiça eficiente, barata e que dê respostas.
“Não podemos ter litígios arrastados e devemos ter resultados de acordo com a lei. Vão abrir duas vagas para a Corte e pode-se dizer que devemos indicar ministros terrivelmente contra a corrupção”, disse.
Para o pré-candidato à Presidência pelo Novo, Felipe D´Ávila, “a política tem que parar de judicializar a política”.
“Tudo vira questão inconstitucional. Quem está abarrotando o STF é a politica. Temos que resolver questões políticas no âmbito da política. isso vem destruindo a política e vem obrigando o STF a falar sobre assuntos políticos”, afirmou.
Para Felipe, o “mau funcionamento do STF“ parte da política, da escolha pouco criteriosa de juízes.
“Então, precisamos colocar as coisas no seu devido peso. Disputas políticas se resolvem na política. Se não respeitarmos a fronteira dos poderes não haverá independência e um governo independente”, disse.
Já a senadora Simone Tebet discordou. “A Constituição permite que a política recorra ao Judiciário. Temos que mudar a Constituição neste aspecto. Estamos diante de um governo que viola as leis”, afirmou. “Além disso, crimes comuns tem que começar na justiça comum e em casos excepcionais no STJ. Um ou outro caso pode ir ao Supremo”, disse.
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