Moraes proferiu mais de 6 mil decisões sobre 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, proferiu mais de 6 mil decisões relacionadas aos atos de...
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, proferiu mais de 6 mil decisões relacionadas aos atos de 8 de janeiro.
Desse total, 255 autorizaram busca e apreensão em mais de 400 endereços, 350 quebras de sigilo bancário e telemático que levaram a mais de 800 diligências.
Os dados constam de balanço divulgado neste domingo, 7, pelo ministro, relator dos inquéritos abertos no STF para apurar os atos antidemocráticos.
Ainda de acordo com o documento, foram realizadas 1.397 audiências de custódia, com análise dos flagrantes e realização de exames de corpo de delito, sendo que 459 pessoas obtiveram liberdade provisória e 938 tiveram o flagrante convertido em prisão preventiva.
No total, 6.204 decisões relacionadas aos atos de 8 de janeiro foram proferidas. Além disso, 232 audiências de instrução de ações penais foram realizadas, além de 719 oitivas para coleta de depoimento de testemunhas de acusação e 386 para testemunhas de defesa.
30 réus foram condenados pelos crimes mais graves, 29 julgamentos iniciados em dezembro de 2023 para conclusão em fevereiro de 2024 e mais de 146 ações penais previstas para julgamento até abril de 2024.
Em entrevista ao Globo na quinta-feira, 4, Moraes afirmou que os manifestantes mais exaltados do 8 de janeiro defendiam que ele fosse “preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse Moraes.
O ministro do STF não apresentou provas sobre os planos nem revelou os nomes das pessoas que atentaram contra a vida dele.
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