Moraes mistura todos os inquéritos (agora formalmente)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira, 27, o compartilhamento da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado com outras duas: a das fake news e a das milícias digitais. Moraes também o relator desses outros dois inquéritos que tramitam desde 2019 e 2021, respectivamente. Ambos foram citados...
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira, 27, o compartilhamento da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado com outras duas: a das fake news e a das milícias digitais.
Moraes também o relator desses outros dois inquéritos que tramitam desde 2019 e 2021, respectivamente.
Ambos foram citados pela PF no relatório final que embasou o indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe de Estado.
“O grupo ora investigado, desde o ano de 2019, já propagava essa ideia. O objetivo era sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para posteriormente a narrativa atingir dois objetivos: inicialmente não ser interpretada como um possível ato casuístico, em caso de derrota eleitoral e, o mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022.
Para o desenvolvimento da empreitada criminosa, os investigados durante todo o processo se utilizaram do modus operandi da denominada milícia digital (Inquérito 4874/DF). Nesse sentido, os produtores de dados falsos, difundiram em alto volume, por multicanais, de forma rápida, contínua e repetitiva a ideia de que tanto nas eleições de 2018 quanto nas eleições de 2022 foram identificadas diversas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, que ‘teriam revelado’ a arquitetura de uma grande fraude para prejudicar unicamente o então presidente da República Jair Bolsonaro, culminando com sua derrota no pleito de 2022.”
Bolsonaro é indiciado pela PF
A Polícia Federal indiciou na quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo no inquérito que apura a tentativa da execução de um golpe de Estado no Brasil.
Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Além dele, também foram indiciados ex-integrantes do Poder Executivo, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Na terça, 26, Moraes encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) e retirou o sigilo da investigação.
Agora, o material passará pelo crivo do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A expectativa é de que ele decida se vai ou não apresentar denúncia ao STF apenas no início de 2025.
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