Moraes mantém prisão preventiva de “Fátima de Tubarão” do 8/1
"Fátima teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com extremo desprezo pelos Poderes", diz Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a manutenção da prisão preventiva de “Fátima do Tubarão“, uma das invasoras do Palácio do Planalto no 8 de janeiro.
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza é a mulher que aparece em um dos vídeos mais famosos da insurreição ameaçando Moraes.
“Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, disse a moradora de Tubarão, Santa Catarina, na ocasião.
Em outro vídeo do 8 de janeiro, ela também assumiu que “estava quebrando tudo”.
“Verifico que a Defesa não trouxe argumentos aptos a afastarem os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva da ré, que se mantém íntegros na atualidade, não se comprovando nos autos excepcionalidade alguma que justifique sua revisão”, escreveu Moraes no despacho, que é datado de 27 de junho mas foi publicado apenas nesta terça-feira, 2 de julho.
“Ressalto, ainda, que Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com extremo desprezo pelos Poderes instituídos, sobretudo a tentativa infeliz de ação objetivando ruptura do sistema democrático e os covardes ataques às Instituições Republicanas”, acrescentou.
Fátima de Tubarão foi presa na terceira fase da operação da Lesa Pátria, em 27 de janeiro de 2023. Ela está detida desde então.
Em agosto, o Supremo Tribunal Federal formou maioria para torná-la ré por cinco crimes: associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime, dano e dano qualificado, além de deterioração de patrimônio tombado.
Mesmo antes da insurreição, Fátima já tinha antecedentes criminais em Santa Catarina.
Ela responde a mais de um processo, tendo inclusive uma condenação por tráfico de drogas. A pena foi de 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Depois, houve substituição por medidas restritivas de direitos. Além disso, Fátima responde por falsificação de documento e estelionato. Os casos são de 2014 e 2012, respectivamente.
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