O ministro Alexandre de Moraes pediu que a PGR se manifeste sobre a necessidade de abrir inquérito para investigar a “boiada” do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O pedido para abrir inquérito foi feito pelos senadores Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato, a deputada Joênia Wapichana, todos da Rede, e o deputado Alessandro Molon, do PSB.

Segundo eles, Ricardo Salles cometeu os crimes de prevaricação e advocacia administrativa, além de crimes de responsabilidade, com sua fala sobre “passar a boiada” na reunião ministerial do 22 de abril.

Na reunião, Salles disse que o governo deveria aproveitar que a pandemia de Covid-19 causou um “momento de tranquilidade no aspecto da cobertura da imprensa” para “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”.

De acordo com os parlamentares, a fala de Salles indicou que ele estava atendendo a interesses privados, que teriam sido cobrados do governo em viagens internacionais.

Na petição, eles citam diversos atos de Salles, entre eles tirar do Ibama e do ICMBio o controle e dar anistia às terras protegidas desmatadas e ocupadas até 2008.

Os parlamentares pedem que seja aberto um inquérito e que Salles seja imediatamente afastado do cargo.

Pedido semelhante foi feito esta semana pelo MPF em primeiro grau. Em ação de improbidade, procuradores da República do Distrito Federal disseram que Salles cometeu atos de improbidade ao impor políticas que reduzem a proteção do meio ambiente.