Moraes determina novas investigações sobre Monark
Ministro do STF quer saber se o influenciador descumpriu as determinações que bloquearam as contas dele nas redes sociais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou na quinta-feira, 2, novas investigações sobre o influenciador Bruno Monteiro Aiub (foto), conhecido como Monark.
A ordem atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República para realizar novas apurações sobre publicações potencialmente irregulares.
Moraes quer saber se Monark descumpriu as determinações que bloquearam as contas dele nas redes sociais.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou ao STF que o influenciador continua a desobedecer a decisão judicial, e defendeu que a Polícia Federal aprofunde as investigações sobre o caso.
Segundo o chefe do Ministério Público Federal, há indícios de “materialidade e autoria delitivas, que, no entanto, ainda demandam esclarecimento”.
Em relatório enviado ao STF em janeiro, a Polícia Federal afirmou que Monark cometeu o crime de desobediência judicial, por meio da criação de perfis nas redes sociais a fim de “produzir conteúdo que já foi objeto de bloqueio, veiculando novos ataques”.
Alvo do STF
Em janeiro, Monark foi banido das principais redes sociais por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a quem chamou de “ditador”.
O youtuber entrou na lista do Judiciário após criticar medidas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022.
Num vídeo em que Monark entrevistava o deputado federal Filipe Barros a respeito da integridade do sistema eleitoral no país, o youtuber afirmou:
“A gente vê o TSE censurando gente, Alexandre de Moraes prendendo pessoas, um monte de coisas acontecendo e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado. Que maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”
Em setembro de 2023, ele se mudou para os Estados Unidos e se diz perseguido político. Após ser banido das redes sociais no Brasil por ordem do STF, tentou reabrir contas em outras plataformas digitais.
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