O ministro Alexandre de Moraes determinou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, expliquem as medidas adotadas pelas forças de segurança em relação aos atos de violência ocorridos na segunda-feira (12), em Brasília, no prazo de 48 horas.

A decisão ocorre após pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ex-coordenador da campanha de Lula (PT), no inquérito dos atos antidemocráticos.

Na decisão, o ministro destaca que grupos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro passaram “a abusar do direito de reunião nos arredores de quartéis militares, com o intuito de abolirem o Estado Democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da Ditadura”.

“Não podemos permitir que a intolerância ganhe espaço em nossa sociedade e nem que a impunidade permaneça. Os responsáveis precisam ser identificados e presos; não há o que esperar”, disse o senador.

Ninguém foi preso após os atos de violência, com ônibus e carros incendiados, supostamente desencadeados pela prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante. Torres afirmou que “tudo será apurado e esclarecido”; o futuro ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, chamou os atos de vandalismo de “inaceitáveis”.