Moraes autoriza prisão de homem que ameaçou Lula e ministros do STF
O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou nesta sexta-feira (22) a prisão de Ivan Pinto, acusado de ameaçar ministros da corte e Lula, o candidato do PT à Presidência da República...
O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou nesta sexta-feira (22) a prisão de Ivan Pinto, acusado de ameaçar ministros da corte e Lula, o candidato do PT à Presidência da República.
Em suas redes sociais, o mineiro – que se apresenta como “Terapeuta Papo Reto”, especializado na recuperação de pacientes com vícios em álcool e drogas – chegou a sugerir que reuniria pessoas para “caçar” ministros da Suprema Corte e “pendurá-los” de cabeça para baixo.
Em um dos vídeos, publicado no início do mês e ainda disponível online, Ivan anuncia que mantém um grupo de Telegram chamado “Caçadores de ratos do STF”, com o objetivo de “cercar estes juízes e desembargadores vagabundos e não permitir que eles andem entre nós” e fazer “a sua revolta virar ação prática.”
Pinto também usou o termo “caçar” para ameaçar Lula, assim como a deputada federal Gleisi Hoffman (PT), que é presidente do partido, e o deputado federal e candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB).
“Anda de segurança armada na rua que nós, da direita, vamos começar a caçar você [Lula]. Caçar você, caçar Gleisi Hoffmann, esse Freixo, frouxo do caralho. Todos eles que te cercam, vagabundo”, disse em gravação citada por Moraes.
Segundo Moraes, “as manifestações, discursos de ódio e incitação à violência não se dirigiram somente a diversos ministros da corte, chamados pelos mais absurdos nomes, ofendidos pelas mais abjetas declarações, mas também se destinaram a corroer as estruturas do regime democrático e a estrutura do Estado de Direito.”
Leia a íntegra da decisão de Moraes
O ministro autorizou que a polícia também leve os equipamentos eletrônicos de Ivan, assim como ordenou ao Facebook, ao Twitter e ao YouTube que suspendam o acesso ao conteúdo por ele produzido. Até o momento, no entanto, os acervos continuam online – seu canal tinha 7,4 mil inscritos e uma média de 200 visualizações.
A decisão de Moraes também ordena ações para que o Telegram atue sobre o grupo de Ivan – que não aparece mais nas pesquisas do aplicativo. Moraes ordenou que o ele seja apagado, mas que o seu conteúdo seja preservado e entregue às autoridades.
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