Moraes autoriza Chiquinho Brazão a fazer exame fora da prisão
Ministro do STF permitiu a "imediata" realização de um exame cardiológico em Campo Grande, onde Brazão está preso
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o deputado federal Chiquinho Brazão, um dos suspeitos de planejar a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), a realizar um exame cardiológico fora da prisão.
Os advogados de Brazão solicitaram que o ex-parlamentar fosse transferido para o regime de prisão domiciliar para cuidar de sua saúde.
A Procuradoria-geral da República (PGR), no entanto, concordou apenas que Brazão fizesse o exame com um médico de confiança e da escolha do ex-deputado.
Na decisão, Moraes autorizou a “imediata” realização de uma cineangiocoronariografia em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde Brazão encontra-se preso.
De acordo com um relatório médico enviado ao STF, Brazão tem “alta possibilidade de sofrer mal súbito” e que o estado de saúde dele é “complexo”.
Desde março, Brazão está preso preventivamente sob suspeita de participar e ser um dos mandantes do crime contra Marielle Franco.
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Caso Silveira
Um problema de saúde de outro ex-deputado também foi tema de decisão recente de Alexandre de Moraes.
Na véspera do Natal, Daniel Silveira descumpriu uma das medidas impostas pelo ministro ao autorizar o cumprimento da pena em liberdade condicional e voltou a ser preso.
A defesa do ex-deputado alegou que ele precisou de atendimento médico, no dia 21 de dezembro, em função de fortes dores nos rins.
Moraes, contudo, afirmou que Silveira “somente retornou à sua residência as 02h10 horas da madrugada“, sendo quatro horas após o horário estipulado na decisão.
Relembre o ‘Caso Marielle’
Marielle foi executada a tiros em março de 2018, junto de seu motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, região central do Rio, quando voltava de um encontro político na Lapa.
A assessora da parlamentar, que estava ao lado de Marielle, foi ferida apenas por estilhaços.
O crime de repercussão internacional deu início às investigações que, um ano depois, apontou para a prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Os dois foram responsáveis pela execução de Marielle.
Mais recentemente, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) expediu um mandado de prisão contra os irmãos e parlamentares Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime. além do delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de ajudar a planejar e atrapalhar as investigações.
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