Moraes arquiva inquérito sobre participação de deputada no 8/1
Clarissa Tércio era investigada por suposta incitação aos atos de 8 de janeiro por meio de publicação nas redes sociais
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na sexta-feira, 18, o arquivamento do inquérito que apura o envolvimento da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) nos atos de 8 de janeiro.
A decisão de Moraes atende a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Clarissa Tércio era investigada por suposta incitação aos ataques por meio de publicação nas redes sociais. Em maio de 2023, a Procuradoria-Geral da República já havia solicitado o arquivamento do caso, alegando que não foram identificados indícios de crime por parte da deputada. O parecer foi feito durante a gestão de Augusto Aras.
Com a posse de Gonet, novas diligências foram solicitadas à Polícia Federal (PF), com o objetivo de apurar se a deputada estava em Brasília no dia dos ataques. Na ocasião, Clarissa Tércio estava em um resort em Muro Alto, na cidade de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, acompanhada de sua família.
Dados adicionais foram levantados, incluindo registros de voos. Segundo Gonet, “O levantamento de voos nacionais em nome de Erica Clarissa Borba Cordeiro de Moura e Jose Ivanildo de Moura Junior [cônjuge da deputada] indica que eles não viajaram de avião em janeiro de 2023”.
A publicação de Clarissa Tércio no Instagram, em que ela expressa apoio aos atos de 8 de janeiro, permanece sob investigação, mas sem evidências de crime até o momento.
Na postagem, uma manifestante dizia: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”.
Durante seu depoimento à Polícia Federal, a deputada afirmou que havia recebido o vídeo em um grupo de WhatsApp e decidiu compartilhá-lo.
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