“Monstro é esse estúpido”, diz Malafaia sobre Lula
Pastor participou de manifestação da bancada evangélica na Câmara sobre o PL do aborto e criticou fala do presidente sobre bebê resultante de estupro
O pastor Silas Malafaia (ao centro na foto) participou da manifestação das frentes evangélica e católica da Câmara sobre o PL do aborto, nesta quarta-feira, 19, e não deixou passar a declaração de Lula sobre a criança que nasce de um estupro, que o petista chamou de “monstro”.
“Eu fiquei vendo o Lula ontem dizer que o que nasce é um monstro. Monstro é esse estúpido que não sabe o que está falando. Aquilo é um ser humano, que monstro? Presidente da República… E a minha indignação é ver um cara daquele falar sobre estuprador e ver a esquerda falar, quando eles protegem”, reclamou Malafaia, dizendo que o projeto de lei sobre aborto apresentado por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) vai passar por debate após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirar a urgência para votação.
Sóstenes também falou sobre o projeto. Autor do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, Cavalcante afirmou que não abrirá mão “do cerne do projeto”, que ainda deve sofrer ajustes.
Evangélicos
“O projeto pode ser amadurecido. Contribuições para enfrentar os estupradores com mais pena, estamos dispostos a cumprir e [fazer] ajustes no texto. Nunca vi um projeto de lei entrar nesta Casa [Câmara] e sair na segunda Casa [Senado] igual entrou”, disse Sóstenes na entrevista coletiva, que também serviu para tratar da troca de comando da Frente Parlamentar Evangélica (FPE).
O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) assumiu o comando da bancada evangélica do Congresso Nacional. Pastor da Assembleia de Deus, ele e seu antecessor, o deputado Eli Borges (PL-TO), concordaram, após uma eleição acirrada no início de 2023, em revezar o comando da frente, que conta com 203 deputados federais e 26 senadores.
PL do aborto
Após reunião do colégio de líderes, o presidente da Câmara anunciou na terça, 18, que vai criar uma comissão parlamentar para discutir o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
Lira ressaltou que o colegiado vai funcionar apenas no segundo semestre e que apenas em agosto fará a indicação dos integrantes da comissão. Lira disse que esse colegiado será composto por integrantes de vários partidos e que a missão desse grupo será ouvir especialistas e a sociedade civil sobre o tema.
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