Ministro da Educação minimiza fala de Bolsonaro sobre Enem: “Ele nunca me pediu nada”
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou nesta terça-feira (16) que o Inep tenha sofrido interferência política durante a elaboração do Enem. Na semana passada, ao menos 37 servidores colocaram seus cargos à disposição alegando que houve uma tentativa de censurar questões da prova...
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou nesta terça-feira (16) que o Inep tenha sofrido interferência política durante a elaboração do Enem. Na semana passada, ao menos 37 servidores colocaram seus cargos à disposição alegando que houve uma tentativa de censurar questões da prova.
Ontem, Jair Bolsonaro afirmou que o exame está começando a ganhar “a cara do governo”.
Em entrevista à CNN, Ribeiro disse que não sabe o que o presidente quis dizer, mas garantiu que ele nunca sugeriu nada em relação ao conteúdo das questões.
“Essa é uma pergunta que tem que ser feita a ele. Foi ele que falou. O que nós queremos é que as questões sejam de cunho técnico. Não de cunho ideológico. Nem de esquerda, nem de direita. Essa é uma pergunta que caberia a ele responder. Ele nunca me pediu nada, nunca sugeriu nada. É a cara do governo porque é o nosso governo.”
Segundo o ministro, a realização do exame está garantida, apesar das acusações.
“O Enem está garantido. As provas já foram impressas há meses. Não há como interferir, nem eu, nem o presidente do Inep, nem o presidente da República. Essa ideia de que houve interferência é uma narrativa de alguns que estão querendo, mais uma vez, politizar a educação. A educação, ela não tem partido.”
Milton Ribeiro também negou que os servidores que colocaram seus cargos à disposição tenham sido intimidados.
“Nenhum servidor foi demitido. Eles são concursados, têm estabilidade. Alguns colocaram à disposição cargos em comissão. Eu tenho mais de 400 servidores no Inep. Gente de muita competência e alguns extremamente politizados. Quem quiser sair pode sair. Não está satisfeito, pode pedir.”
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