Ministério da Saúde continua anticampanha de vacinação de crianças
O Ministério da Saúde de Marcelo Queiroga prossegue sua anticampanha pela vacinação de crianças contra a Covid. Na noite de terça (25), em notícia sobre a distribuição de vacinas, o ministério publicou em seu...
O Ministério da Saúde de Marcelo Queiroga prossegue sua anticampanha pela vacinação de crianças contra a Covid.
Na noite de terça (25), em notícia sobre a distribuição de vacinas, o ministério publicou em seu site oficial: “A orientação da Pasta é que os pais ou responsáveis por suas crianças procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização”.
A ideia maluca, perigosa e descabida de buscar receita médica antes de vacinar todas as crianças foi objeto da consulta pública do ministério, realizada durante a virada do ano. Ela não faz parte, porém, da nota técnica da pasta sobre o assunto, publicada em 5 de janeiro, depois de encerrada a consulta pública.
Existem cerca de 20 milhões de crianças de 5 a 11 anos no Brasil; tal orientação, se valesse mesmo, exigiria a emissão de 20 milhões de receitas médicas.
Na quarta (26), o ministério foi ao Twitter para confundir mais. Publicou imagens com textos como “[a]queles que quiserem vacinar suas crianças devem procurar a unidade de saúde mais próxima” e “[e]m caso de dúvida, procure um profissional de saúde”.
Reprodução/Ministério da Saúde/Twitter
Na verdade, a vacinação de crianças é obrigatória no Brasil, como definida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pacificada pelo STF e defendida pelos chefes do Ministério Público.
A cartela com o texto “em caso de dúvida” é uma autorreferência: as dúvidas são provocadas pelo próprio ministério, que deveria esclarecer e orientar.
Leia também:
Governo usou AGU para tentar “golpe” na vacinação de crianças, diz diretor da Anvisa
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)