Milton Lyra é alvo de operação contra fraudes de R$ 87 milhões no Postalis
O MPF no Distrito Federal deflagrou na última quinta mais uma operação contra fraudes no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em endereços do empresário Milton Lyra...
O MPF no Distrito Federal deflagrou na última quinta mais uma operação contra fraudes no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em endereços do empresário Milton Lyra.
Foram apreendidos laptops, celulares, cartões de memória, documentos e até obras de arte.
Lyra é apontado como líder de uma organização criminosa dedicada a abrir em encerrar empresas com o objetivo de fraudes investimentos feitos com dinheiro do Postalis. De acordo com os investigadores, só nesse caso a organização levou mais de R$ 87 milhões do fundo de pensão.
O empresário é acusado de, além de liderar a organização criminosa, cometer crimes contra o sistema financeiro e lavar dinheiro por meio empresas localizadas em na Flórida, nos Estados Unidos, e em paraísos fiscais.
De acordo com o MPF, o esquema liderado por Lyra consistia em abrir e encerrar empresas para ocultar a origem e o destino dos valores ilegais.
“As investigações revelaram que Mílton Lyra construiu, ao longo dos anos, ampla rede de vínculos, diretos e indiretos, com pessoas jurídicas, funcionários, sócios e outros parceiros, a fim de obter vantagens por meio de crimes como aqueles contra o Sistema Financeiro Nacional e tráfico de influência. Os procuradores também apontam que a organização criminosa atua influenciando em decisões de agentes públicos”, diz o MPF, em nota.
Lyra já é investigado em outros casos e já teve medidas restritivas impostas a ele – está proibido de sair do Brasil e teve contas bloqueadas pela Justiça. Mas, segundo os investigadores, ele criou novos mecanismos para continuar cometendo crimes, como a abertura de empresas em nome de terceiros e a compra de um espaço de armazenamento para guardar documentos que comprovariam a ilegalidade de suas atividades.
Segundo o MPF, a conduta foi adotada na época da deflagração da operação Rizoma, em 2018.
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