Milton Leite: “Tentam assassinar minha reputação”
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo nega envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro do PCC
O vereador Milton Leite (foto; União Brasil), presidente da Câmara Municipal de São Paulo, negou envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em nota divulgada neste domingo, 26, Milton Leite afirmou que “chama a atenção o interesse em se tentar assassinar minha reputação em um ano eleitoral”.
Disse ainda que, por “livre e espontânea iniciativa”, abriu seus dados fiscais e bancários para o Ministério Público.
“Prova disso é a conclusão de uma apuração do mês de novembro de 2023 que investigava denúncia anônima de supostas irregularidades envolvendo meu patrimônio”, disse.
“Após ampla checagem de minhas contas bancárias, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público concluiu que ‘não se verificou a existência de indícios veementes que pudessem conformar a prática ilegal inicialmente imputada ao vereador investigado e a seus assessores’”, acrescentou.
Milton Leite tem sigilo quebrado em investigação
Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) afirmam que Milton Leite teve “papel juridicamente relevante na execução dos crimes sob apuração” envolvendo a Transwolff, empresa de ônibus da zona sul.
Os sigilos fiscal e bancário do vereador foram quebrados com autorização da Justiça.
No documento em que pede a quebra de sigilos, o Ministério Público apontou, em fevereiro do ano passado, a possível ligação do político com os dirigentes da Transwolff.
Operação Fim da Linha
A operação do Ministério Público de São Paulo, realizada em parceria com a Polícia Militar, trouxe à tona um complexo esquema de corrupção envolvendo vereadores de diversas cidades paulistas e empresários ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Batizada como “Operação Fim da Linha”, a ação teve como objetivo desarticular uma rede criminosa acusada de favorecer empresas em licitações de serviços públicos em troca de propina.
Segundo o MP, só em 2023 as duas companhias investigadas, a Traswollf e a UPBus, receberam mais de 800 milhões com o serviço de transporte público: a primeira abocanhou 748 milhões e a segunda, 80 milhões de reais.
O esquema, segundo investigações do MP, era sofisticado e envolvia a atuação de empresas, muitas vezes em conluio ou diretamente ligadas ao PCC, que forjavam concorrências para assegurar contratos com entidades municipais.
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