Militares da reserva fazem manifesto contra Celso de Mello
Um grupo de militares da reserva divulgou, no fim de semana, um manifesto endereçado ao ministro Celso de Mello, decano do STF...
Um grupo de militares da reserva divulgou, no fim de semana, um manifesto endereçado ao ministro Celso de Mello, decano do STF.
O documento foi publicado em meio a uma nova crise deflagrada entre o governo de Jair Bolsonaro e a Corte — após a liminar concedida pelo ministro Luiz Fux na qual afirma que não cabe às Forças Armadas atuarem como um “poder moderador” no país.
O manifesto dos militares contou com as assinaturas de 52 integrantes da Aeronáutica, 16 da Marinha e dez do Exército, além de 30 civis e um oficial da PM do Rio.
Entre os signatários do documento, segundo o Estadão, estão 12 brigadeiros, cinco almirantes e três generais.
Segundo o manifesto, “ninguém entra nas Forças Armadas por apadrinhamento” ou por ter “um palavreado enfadonho, supérfluo, verboso, ardiloso, como um bolodório de doutor de faculdade”. “Nenhum militar recorre à subjetividade ao enunciar ao subordinado a missão que lhe cabe executar , se for necessário, com o sacrifício da própria vida”, diz o texto.
“Nenhum militar tergiversa nem se omite, nem atinge o generalato e, nele, o posto mais elevado, se não merecer o reconhecimento dos seus chefes, o respeito dos seus pares e a admiração dos seus subordinados. E, principalmente, nenhum militar, quando lhe é exigido decidir matéria relevante, o faz de tal modo que mereça ser chamado, por quem o indicou, de general de merda.”
Celso de Mello — relator no STF do inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na PF — entrou na mira de parte dos militares desde que afirmou que generais que integram o governo Bolsonaro poderiam ser conduzidos a prestar depoimento “debaixo de vara”. O encaminhamento à PGR, por parte do decano, de um pedido de apreensão do celular de Bolsonaro também gerou incômodo.
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