Milhões de sementes são jogadas do céu para salvar o Vale do Taquari
Um grande esforço de revegetalização é iniciado no Vale do Taquari, RS, para recuperar a vegetação perdida devido às chuvas intensas
Na última quarta-feira, milhares de sementes voaram sobre as encostas do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Essa atividade massiva, parte de um esforço conjunto entre órgãos governamentais, o Exército Brasileiro, o Ibama e a Polícia Rodoviária Federal, marca um grande passo para a recuperação ambiental após os severos danos causados pelas chuvas intensas na região.
Em quase um mês, entre final de abril e início de maio, foram registrados mais de 4 mil alertas de deslizamentos, afetando inúmeros municípios gaúchos. Isso destacou a urgência de intervenções que não apenas reparem, mas também fortaleçam o ecossistema local contra futuros desastres naturais.
O que motivou essa grandiosa distribuição de sementes?
O drama não foi apenas o solo que se perdeu, mas a vida vegetal que ele sustentava. Agora, a estratégia adotada envolveu o uso de helicópteros para semear a esperança literalmente de cima para baixo, utilizando uma técnica eficaz de distribuição em áreas onde o acesso é complicado.
Qual foi a estratégica de seleção das sementes?
Segundo Marjorie Kauffmann, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, foi escolhida uma mistura de espécies de crescimento rápido junto a 30 espécies nativas, respeitando a biodiversidade e favorecendo a recuperação do ecossistema. A ideia é que essa nova cobertura vegetal traga mais estabilidade ao terreno e, por conseguinte, menos susceptibilidade a incidentes de deslizamentos.
Impacto Comunitário e Educativo
A iniciativa, nomeada Projeto SemeAr, não se limitou apenas ao lançamento aéreo. No solo, foram plantadas centenas de mudas de árvores nativas, com a forte participação comunitária, incluindo estudantes de escolas locais. Marina Althaus, uma jovem estudante que participou das oficinas, ressaltou a importância de entender a flora local e as causas dos deslizamentos que impactaram sua comunidade.
De acordo com Diara Sartori, superintendente do Ibama no Rio Grande do Sul, o maior objetivo era semear não apenas vegetação, mas também esperança e conscientização sobre as mudanças climáticas e seus efeitos diretos nas comunidades.
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