Metralhadoras furtadas: Justiça militar torna 8 acusados em réus
Quatro militares e quatro civis são acusados de envolvimento no furto de metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo
A Justiça Militar tornou réus oito acusados de participar, direta ou indiretamente, do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na Grande São Paulo.
Segundo a Folha de S.Paulo, quatro militares e quatro civis são acusados de envolvimento no crime.
Os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa responderão por peculato. Já o 1º tenente Cristiano Ferreira e o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-comandante do Arsenal de Guerra, foram denunciados por peculato e inobservância de lei, regulamento ou instrução.
Os civis, que são considerados foragidos e os nomes foram mantidos em sigilo, viraram réus por receptação.
Como foi o furto das metralhadoras?
O furto das metralhadoras aconteceu em 7 de setembro de 2023, dia em que os militares participaram do desfile de comemoração pela Independência do Brasil.
De acordo com o juiz Vitor de Luca, os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa teriam “arrombado os cadeados e o lacre que guarneciam o local e desarmado o alarme que o protegia” por volta das 14h30.
“A seguir, o primeiro e o segundo denunciados (Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa) colocaram as armas anteriormente mencionadas (13 metralhadoras .50 M2 HB Browning, 8 metralhadoras 7,62 M971 MAG e 1 fuzil 7,62 M964) na caçamba da caminhonete, ocultando-as com a cobertura da parte traseira do veículo.”
Na decisão, o juiz afirmou que Vagner deixou o Arsenal de Guerra com as armas furtadas enquanto Felipe Barbosa ficou no quartel para inserir novos cadeados no paiol.
Armas recuperadas
Das 21 metralhadoras furtadas, 17 foram recuperadas pelas polícias do Rio e de São Paulo. De acordo com o secretário de Segurança paulista, Guilherme Derrite, a venda dos armamentos foi negociada com o Comando Vermelho e o PCC.
O sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e de outras oito metralhadoras de calibre 7,62 foi notado no dia 10 de outubro. Esse é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.
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