Meses após a eleição foram “perturbadores”, diz Gonet
A Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira, 25, a análise da denúncia apresentada contra Jair Bolsonaro

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou os meses de novembro e dezembro de 2022, que sucederam a eleição presidencial, como “perturbadores”.
“Os meses de novembro e dezembro de 2022, após o resultado das eleições, foram perturbadores. Fatos atordoantes que se seguiram ao resultado das eleições foram descobertos durante a proficiente investigação da Polícia Federal”, disse Gonet ao defender a denúncia apresentada contra Jair Bolsonaro na sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que irá decidir se transforma o ex-presidente em réu.
Ainda segundo o PGR, Bolsonaro “formou com outros civis e militares uma organização criminosa que tinha por objetivo gerar ações que garantissem a sua continuidade do poder, independente do resultado das eleições de 2022″.
Como mostramos, a Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira a análise da denúncia apresentada por Gonet.
Jair Bolsonaro foi indiciado por cinco crimes, entre os quais, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.
“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e seu candidato a vice-presidente, Braga Netto. Todos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra a existência e independência dos poderes e o Estado democrático de direito”, acrescentou Gonet.
“Os delitos não são de ocorrência instantânea, Eles compõe uma cadeia de acontecimentos articulados para que, por meio da força e da sua ameaça, o presidente da república não deixasse o poder ou a ele retornasse”, ressaltou.
Além do ex-presidente, fazem parte dessa primeira leva de denunciados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
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Comentários (2)
Marian
25.03.2025 18:38Não usaria esse termo, mas desde quando estamos vivendo na normalidade?
Angelo Sanchez
25.03.2025 14:31A prova que brasileiro não tem sangue de barata ao ser eleito um corrupto “descondenado” é causa de muita indignação e devemos dar Graças a Deus, por não ter havido um conflito maior com sangue pelas ruas. Se Bolsonaro for condenado e preso, a indignação será muito maior, e poderá haver graves consequências.