“Mente e mente”, diz Wajngarten sobre grampo de Moraes citado por hacker
O ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten reagiu a declaração do hacker da Zambelli, Walter Delgatti (foto), à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (17) sobre...
O ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten reagiu a declaração do hacker da Zambelli, Walter Delgatti (foto), à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (17) sobre suposto grampo do ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelo governo Bolsonaro.
Segundo Delgatti, o ex-presidente teria lhe dito que obteve conversas “comprometedoras do ministro” através de grampo. A declaração foi feita durante um telefonema, segundo o hacker.
“NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do Presidente. Mente e mente e mente”, publicou Wajngarten no Twitter.
“Eu falei com o presidente da República [Jair Bolsonaro] e, segundo ele, eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes”, diz o hacker Walter Delgatti na CPMI do 8 de janeiro. https://t.co/KXZJULzK2T pic.twitter.com/OwQOcvpnYL
— O Antagonista (@o_antagonista) August 17, 2023
Delgatti foi convocado à CPMI nesta quinta por sua ligação com a deputada Carla Zambelli (PL) e um suposto plano para tentar fraudar as urnas nas eleições do ano passado.
O hacker foi preso pela Polícia Federal (PF) no início do mês no âmbito da Operação 3FA, que também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Zambelli.
A deputada pediu ao hacker que tentasse fraudar as urnas e invadir o email de Moraes, segundo depoimento à PF. O pedido teria ocorrido em setembro de 2022, durante encontro na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo.
O hacker não conseguiu cumprir nenhuma das missões. Ele apenas falsificou um mandado de prisão contra Moraes no sistema do Conselho Nacional de Justiça.
Zambelli nega a versão dada por Delgatti, mas ela reconhece que o levou a reuniões em Brasília. Segundo a deputada, o objetivo seria montar uma equipe para fiscalizar as urnas.
O hacker chegou a se encontrar com Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na sede do partido.
Delgatti já havia sido preso em julho de 2019, durante a Operação Spoofing, no contexto da Vaza Jato, por invadir perfis no Telegram e vazar mensagens de procuradores da Lava Jato. Ele também foi preso há menos de dois meses, em junho de 2023, por descumprimento de medidas judiciais.
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