Médicos e enfermeiros de hospitais universitários anunciam greve a partir de quinta
Representantes sindicais dos funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) comunicaram nesta segunda (10) à empresa que vão entrar em greve a partir de quinta (13). A Ebserh é uma estatal vinculada ao MEC. Seus mais de 32 mil funcionários trabalham em 40 hospitais universitários nas cinco regiões do Brasil...
Representantes sindicais dos funcionários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) comunicaram nesta segunda (10) à empresa que vão entrar em greve a partir de quinta (13).
A Ebserh é uma estatal vinculada ao MEC. Seus mais de 32 mil funcionários trabalham em 40 hospitais universitários nas cinco regiões do Brasil.
Há meses, os funcionários – que incluem médicos, enfermeiros e farmacêuticos – protestam contra proposta da estatal para um novo Acordo Coletivo de Trabalho. Seu ponto mais controverso é a mudança na base de cálculo do adicional de insalubridade. Pela nova proposta, o adicional será pago com base no salário mínimo, em vez de proporcionalmente ao salário do funcionário.
“Agora a empresa [Ebserh] que assuma a culpa, porque não foi falta de alerta nem de aviso”, disse a O Antagonista Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Em 27 de abril, entidades sindicais aprovaram indicativo de greve.
“Se já está difícil utilizar os hospitais públicos, a partir do dia 13 vai ter uma dificuldade a mais por conta da questão desse problema de greve que vai se instalar no Brasil todo”, acrescentou o dirigente sindical. Ele afirmou que os sindicatos ainda vão discutir uma “cota mínima” de cerca 30% de funcionamento para manter o que julga serem os serviços emergenciais.
Assembleias em diferente estados ainda discutem nesta segunda (10) se aderem ou não à greve.
A Ebserh argumenta que prevê também aumento linear de R$ 500 para todos os empregados, e que sua proposta “significa ganho real mensal para mais de 15 mil profissionais”. A estatal também destaca que as mudanças só valerão depois do fim da pandemia.
Procurada hoje por O Antagonista, a Ebserh confirmou ter recebido o comunicado de greve, e disse que irá se manifestar em breve. Questionada desde 28 de abril sobre o assunto, a estatal ainda não respondeu quanto estima economizar por ano com a nova proposta.
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