Desde o início de janeiro, o Ministério da Saúde devolveu o direito de trabalho a 24 médicos cubanos que atuavam no país pelo programa “Mais Médicos pelo Brasil”.  Nesta terça-feira (7), a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, responsável pelo tema dentro do Ministério da Saúde, editou uma portaria com seis nomes. Há três semanas, foram 18.

A nova autorização dos médicos cubanos no país atende a processos judiciais e administrativos abertos em favor dos estrangeiros, que vieram atender no país, principalmente durante os anos de Dilma Rousseff. Em janeiro, a Justiça ordenou a recontratação de 1,7 mil profissionais, em lista que ainda não foi oficializada pelo Ministério.

O número de registros concedidos pelo Ministério, hoje, é maior do que o do ano passado —quando nenhuma autorização foi dada—, mas menor do que em 2021, no meio do governo Jair Bolsonaro, quando centenas de registros foram revalidados. O governo de Bolsonaro, crítico da forma de contratação dos médicos cubanos, teve de atender às ordens judiciais, justificadas pelo aumento da demanda durante a pandemia de Covid no país.

No mês passado, o podcast Latitude, de O Antagonista, tratou da escravidão dos médicos cubanos. Os jornalistas Duda Teixeira e Rogério Ortega entrevistaram o médico cubano Francisco Rosabal, que veio ao Brasil em 2013 para trabalhar no programa Mais Médicos.

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