MEC cria novo Enade para cursos de licenciatura
A reformulação do chamado Enade das licenciaturas prevê modificação no formato das provas, que serão mais focadas na avaliação das competências docentes do que nos conteúdos disciplinares de cada curso
O Ministério da Educação criou uma versão do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) voltada para as licenciaturas. A avaliação será anual, em vez de a cada três anos, e com maior foco na prática pedagógica do que no conteúdo teórico de cada área.
O Exame já existente, o Enade, avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos.
A prova, porém, não produz efeito na vida acadêmica dos formandos, o que desestimula desempenhos melhores nas provas. Há uma grande taxa de evasão, de modo que o exame acaba falhando em seu objetivo de atestar a qualidade do curso.
O MEC cria, agora, Enade das licenciaturas
Na segunda-feira, 1 de julho, o Ministério da Educação publicou uma portaria criar o Enade das licenciaturas. Na rede social do MEC lê-se a seguinte explicação:
“O Enade mudou para aperfeiçoar a avaliação dos cursos que formam professores. Porque para o MEC a formação inicial dos docentes é essencial para uma educação pública e de qualidade para todos.
A reformulação do exame que avalia os cursos que forma professores no Brasil, o chamado Enade das licenciaturas, prevê modificação no formato das provas, que serão mais focadas na avaliação das competências docentes do que nos conteúdos disciplinares de cada curso.”
As mudanças entram em vigor já neste ano. Segundo o ministério, as mudanças têm como objetivo “aperfeiçoar os processos avaliativos dos cursos de formação docente”, por isso, as principais alterações foram feitas nas matrizes de referência das provas.
Mudanças nos cursos de Educação à distância (EAD)
No final de maio, o governo já havia instituído a exigência de que os cursos de licenciatura e de pedagogia na modalidade de educação à distância (EAD) tenham no mínimo 50% das aulas presenciais. São medidas que visam melhorar a formação dos docentes, mas que têm sido alvo de polêmicas.
Uma das avaliações da equipe do ministro Camilo Santana é que os cursos de licenciatura não têm formado bem os professores para atuar nas escolas de educação básica do país. Assim, há um movimento para estimular que os estudantes na graduação tenham mais contato com a sala de aula.
As últimas edições do Enade mostraram que cursos de licenciatura a distância apresentavam resultados menores do que os presenciais.
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