Urgente: Mauro Cid vai confessar
Preso há três meses, o tenente-coronel Mauro Cid (foto) vai confessar que participou do esquema de compra e venda das joias recebidas como presentes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o...
Preso há três meses, o tenente-coronel Mauro Cid (foto) vai confessar que participou do esquema de compra e venda das joias recebidas como presentes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o seu mandato. A informação foi confirmada a O Antagonista pelo advogado de Cid, Cézar Bitencourt. A informação foi revelada primeiramente pela revista Veja.
Além de assumir que vendeu as joias, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro vai confessar que trouxe o dinheiro reunido a partir da venda de forma ilegal para o Brasil e entregou o dinheiro em mãos ao ex-presidente da República.
“Não vou falar [que foi a pedido de Bolsonaro], isso está implícito. Assessor obedece ordens, assessor não tem autonomia para o que quiser. O que ele faz? Ele assessora. Segue o caminho do chefe. ‘Resolve esse problema’, ele vai resolver. ‘Faz isso’, e ele vai fazer. Qual o interesse ele teria em fazer isso [vender e comprar as joias]? Nenhum, né?”, disse Bittencourt, explicando que não vai acusar diretamente o ex-presidente da República.
Defesa
Na manhã desta sexta-feira (18), a defesa de Jair Bolsonaro se manifestou, em entrevista à Folha de S.Paulo, para dizer que a possível confissão de Cid não muda nada para a situação do ex-presidente. Segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, “a lei autorizava” a venda das joias investigada pela Operação Lucas 12:2.
O defensor menciona a Lei 8394, de 1991, que regulamenta os acervos dos presidentes da República. “Os documentos que constituem o acervo presidencial privado são na sua origem, de propriedade do presidente da República, inclusive para fins de herança, doação ou venda”, diz o artigo 2º da legislação.
Essa interpretação não parece ser a mesma da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF), que investigam a compra e venda dos presentes recebidos por Bolsonaro como um ato ilícito. Na última quarta-feira, Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, teve quatro celular apreendidos no âmbito da investigação.
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