Mauro Cid não escapa de novo depoimento em CPI
A defesa de Mauro Cid (foto), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu para adiar o depoimento do seu cliente na CPI dos atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, por...
A defesa de Mauro Cid (foto), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu para adiar o depoimento do seu cliente na CPI dos atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, por ter assumido o caso recentemente. Mas o presidente da comissão, deputado distrital Chico Vigilante (PT), negou o pedido e Cid terá de comparecer à reunião na próxima quinta-feira (24).
“É a grande oportunidade que ele tem de falar, então espero que ele fale. Vamos fazer todas as perguntas e espero que ele responda“, disse o presidente da comissão.
A defesa de Cid também alegou no pedido de adiamento que não estava claro se o militar prestaria depoimento como testemunha ou investigado, Em resposta, Vigilante disse que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro vai à comissão na condição de testemunha, com o direito de ficar em silêncio.
“Os atuais defensores do convocado apenas assumiram sua defesa na última semana, e, por se tratar de alvo de diversas e longas investigações, não houve, ainda, tempo hábil para plena ciência e conhecimento dos fatos atinentes aos autos“, disse a defesa no ofício enviado a Vigilante.
Ao negar o adiamento, o presidente da comissão ressaltou que a intimação tempestiva do militar havia sido efetivada pelo Exército e pessoalmente por servidores.
Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou o pedido para que Mauro Cid saia da prisão para depor na CPI do DF. Preso desde 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército, o tenente-coronel é acusado de falsificar cartões de vacinação contra a Covid, incluindo documentos da própria família do ex-presidente.
Durante seu depoimento na CPMI do 8 de janeiro, Cid leu sua defesa e, depois, ficou em silêncio enquanto era questionado por parlamentares. “As investigações que recaem sobre minha pessoa vão além dos atos que envolvem os tristes episódios do 8 de Janeiro”, disse, durante sua fala na ocasião. “Por esse motivo, inclusive, diversos outros questionamentos que poderiam ser feitos para além desse contexto fático também não podem, por respeito ao Poder Judiciário, ser esclarecidos na condição de testemunha, pois, como demonstrei, sou formalmente investigado”, justificou-se.
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