Massa polar causa frio extremo em várias regiões do país
O fenômeno La Niña se alia à massa polar e traz frio extremo ao Brasil, com temperaturas inusitadas em estados como Rondônia e Acre.
As últimas semanas trouxeram um cenário climático peculiar para o Sul do Chile e a Patagônia na Argentina, onde o frio intenso e a acumulação significativa de neve foram apenas o prelúdio de uma mudança maior no clima. Ocorreu uma liberação dessa massa de ar frio que, potencializada pelo corredor polar, está se deslocando em direção ao Brasil, trazendo uma drástica queda nas temperaturas.
Este fenômeno, conhecido como La Niña, envolve o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e tem efeitos diretos no clima global. No Brasil, espera-se que essa frente fria provoque uma notável redução nas temperaturas, afetando inclusive estados fora da usual rota do frio, como Rondônia e Acre. Mas, que efeitos exatamente podemos esperar nas diferentes regiões do Brasil?
Entenda Como o La Niña Influencia o Clima no Brasil
Cléber Souza, especialista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que a massa polar, reforçada pelo La Niña, consegue atravessar geografias complexas como a Cordilheira dos Andes e o vasto Planalto Central. Isso significa que até mesmo o Norte do país sentirá os efeitos desse resfriamento. A passagem dessa frente fria está prevista para os próximos dias e a expectativa é de que haja um “intenso resfriamento”, especialmente nas áreas serranas do sul.
Quais Regiões Serão Mais Afetadas pelo Frio?
De acordo com previsões, as regiões serranas do Sul do Brasil devem se preparar para enfrentar não apenas temperaturas muito baixas, mas também geadas. Está previsto que o frio será mais intenso entre domingo e segunda-feira, segundo afirmações de Souza. A MetSul, uma empresa de meteorologia, corrobora essa informação indicando que centenas de cidades do Sul poderão experimentar um declínio acentuado nas temperaturas.
Contraste Térmico: Do Calor Intenso ao Frio Extremo
É interessante notar o contraste térmico recente no Brasil. Enquanto estamos prestes a encarar uma onda de frio, recordes de calor foram registrados nas últimas semanas. Por exemplo, Porto Alegre viveu o dia mais quente de junho dos últimos 114 anos, com temperaturas ultrapassando os 32°C. Esse dado não apenas sublinha a variação extrema de climas, mas também destaca uma certa irregularidade climática que tem sido mais frequente nos últimos anos.
- Patagônia e Sul do Chile: recentemente experienciaram acumulação de neve e temperaturas baixíssimas.
- Brasil: a frente fria avança influenciada por La Niña, afetando inclusive estados tipicamente mais quentes.
- Impacto: espera-se que haja resfriamento mesmo em regiões distantes do Sul, como o Norte do país.
As flutuações extremas de temperatura representam, sem dúvida, um sinal crucial para a conscientização e preparação para fenômenos climáticos, que, embora naturais, estão cada vez mais intensificados pelos efeitos das mudanças climáticas globais.
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