Marinho: Moraes não tem condições de continuar à frente de investigações
O líder da oposição no Senado afirmou que é necessário se respeitar o rito processual nos inquéritos sobre um suposto golpe de Estado no Brasil
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), afirmou à Folha de S. Paulo que o ministro do STF Alexandre de Moraes não tem mais condições morais para presidir os inquéritos sobre a tentativa de se decretar um golpe de Estado no país.
As investigações miram o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros como Walter Braga Neto e Augusto Heleno.
“Eu acho que o ministro Alexandre de Moraes não tem nenhuma condição de continuar à frente desse processo, ele claramente é parte do processo. Não há nenhuma imparcialidade em quem se afirma vítima”, disse Marinho.
“O ministro continua reiterando os motivos que ensejaram o pedido de abertura desse processo de impedimento. Ele comete claramente abuso”, afirmou o parlamentar. “Ele não teria nenhuma condição de ser o juiz julgador”, acrescentou.
Para Marinho, há um claro desrespeito ao rito processual nestes inquéritos.
“Que se use o rito processual, porque o que estão fazendo agora é justamente o que acusaram que acontecia na Lava Jato: prisões longas para se tentar confissões, busca e apreensão de celulares atrás de provas que não estavam dentro do processo originário, para criar outros inquéritos”, disse.
Delação de Mauro Cid é alvo da Polícia Federal
A Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar se o tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – mentiu ou omitiu em seus depoimentos prestados até o momento sobre o suposto plano para ser instituir um golpe de Estado no país o estratagema para se “neutralizar” o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Como mostramos, durante depoimento prestado nesta terça-feira, Cid negou ter conhecimento do plano desencadeado pelos chamados “kids pretos” para neutralizar Lula, Alckmin e Moraes.
Após o depoimento, Alexandre de Moraes intimou o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid a dar explicações sobre por quais razões ele omitiu de sua delação premiada o plano que resultou na Operação Contragolpe.
Como mostramos, investigadores da Polícia Federal responsáveis pelas apurações sobre a suposta tentativa de se dar um golpe de Estado pediram a anulação do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
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Comentários (1)
Fabio B
20.11.2024 18:25Deram motivos, todas as justificativas, além de poder demais para ele. Ninguém abre mão de poder...