A Marinha do Brasil alertou sobre a chance de formação de um ciclone subtropical perto das costas do Rio Grande do Sul e Uruguai. Esse aviso, válido até 17 de outubro, baseia-se em modelos de previsão atmosférica dos EUA e da Europa que mostram pressão atmosférica abaixo de 1000hPa, sugerindo riscos de ventos fortes e clima instável na área.

A confirmação do ciclone ainda não ocorreu, mas já há preocupações com a queda na pressão atmosférica, que pode causar fortes chuvas e mar agitado na costa sul do Brasil no fim de semana. Essa condição exige atenção especial, pois impacta navegação, atividades costeiras e pode causar ressacas consideráveis.

Possíveis consequências na Região Sul do Brasil

A Climatempo, empresa de meteorologia, reforçou o alerta da Marinha, prevendo ressacas com ondas de até 2,5 metros entre Torres (RS) e Florianópolis (SC) até a noite de 15 de outubro. Ventos mais fortes agravam essas condições, tornando-as perigosas para atividades no mar e na costa.

É crucial que as autoridades meteorológicas e a Marinha atuem juntas para proteger comunidades costeiras e embarcações. A população deve acompanhar as atualizações e seguir as instruções de segurança das autoridades competentes.

Entendendo ciclones subtropicais

Ciclones subtropicais são sistemas de baixa pressão diferentes de frentes frias. No hemisfério sul, o ar se move no sentido horário em torno do centro do ciclone, criando uma área onde a temperatura do núcleo é relativamente mais quente, potencialmente gerando tempestades.

Esses ciclones recebem nomes da Marinha quando se formam próximos à costa brasileira. Se confirmado, o próximo será nomeado Biguá, homenagem à ave marinha em tupi. Em 2024, apenas o ciclone Akará foi registrado em fevereiro, mostrando que esses eventos são relativamente raros.

Fatores que favorecem a formação de ciclones

Temperaturas altas no Oceano Atlântico Sul têm sido cruciais para a formação de ciclones subtropicais. Essa anomalia térmica recente favoreceu condições que propiciam o desenvolvimento desses sistemas, incrementando a instabilidade atmosférica e possibilitando ciclones mais frequentes e intensos.

A situação destaca a importância do monitoramento climático contínuo e do estudo das mudanças climáticas que podem mudar o padrão de formação de ciclones. Compreender essas dinâmicas é vital para criar estratégias eficazes de mitigação e adaptação para proteger populações vulneráveis e o meio ambiente.