“Marina virou fumaça diante da crise climática”
Autor de um dos pedidos para ouvir a ministra do Meio Ambiente na Câmara, Evair de Melo (PP-ES) presidente da Comissão de Agricultura, diz que Marina é incompetente
Autor de um dos requerimentos pela oitiva da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para explicar, na Câmara dos Deputados, o aumento do número de queimadas no Brasil, o presidente da Comissão de Agricultura, Evair de Melo (PP-ES), acredita que as “medidas radicais” adotadas pela ministra geram insegurança no campo. O deputado acrescenta que o resultado sobre as queimadas vem da “incompetência” da ministra.
“É importante ouvir a ministra Marina Silva na Câmara para expor sua incompetência em lidar com as queimadas, que só aumentaram”, disse em entrevista a O Antagonista.
E acrescentou: “Marina virou fumaça diante da crise climática, enquanto propõe medidas radicais como o confisco de terras, prejudicando produtores rurais e gerando mais insegurança no campo. Precisamos respostas claras e ações efetivas, não ideologia”.
Qual é o combinado
Como mostramos, Marina Silva deve comparecer em audiência na Comissão do Meio Ambiente da Câmara após as eleições. O presidente da comissão, Rafael Prudente (MDB-DF), confirma que está pleiteando uma visita da ministra ao colegiado após as eleições municipais. O requerimento de convite à ministra do governo Lula já foi aprovado. Embora não seja obrigada a comparecer, Marina indicou que está disposta a enfrentar o debate na comissão, que inclui tanto a base aliada da Esplanada quanto a ala bolsonarista.
Queimadas do amor no Pantanal
Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o Pantanal registrou, em menos de 15 dias, o maior número de focos de incêndio para o mês de junho desde 1998, o início da série histórica.
Segundo a plataforma BDQueimadas, alimentada com informações de satélites do instituto, foram 733 focos de incêndio registrados em todo o bioma até esta sexta-feira, 14 de junho.
No Brasil, o Pantanal se estende pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
As perdas no Pantanal
Desde janeiro até agora, foram 1.632 focos de incêndio no bioma. Em 2023, a plataforma BDQueimadas registrou 133 focos no mesmo período.
Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), foram 466.
Com uma área de 150.355 km², o Pantanal perdeu pelo menos 1.276 km² para o fogo até maio deste ano, ante perda de 120 km² no mesmo período de 2023.
O problema não era o Bolsonaro?
Até 2022, o PT, do presidente Lula, e os demais partidos da esquerda atribuíam a responsabilidade pelas queimadas no Pantanal ao governo Bolsonaro.
No governo “do amor”, no entanto, pouco se fala sobre a negligência do governo federal e do Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva, e os especialistas ouvidos pela imprensa amiga atribuem a causa das queimadas à seca anual da região.
O deputado federal Kim Kataguiri ironizou a chefe da pasta do Meio Ambiente: “A ministra Marina Silva é fogo, hein? Conquistou os dois maiores recordes de queimadas no Pantanal“.
Cai fora
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) inqueriu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência pública em comissão temática no Senado Federal. “Cai fora desse governo. A senhora tem história. Esse governo já acabou, faliu. A senhora arrastou para o ministério pessoas que amam o meio ambiente. A senhora e sua turma muito boa, vá embora“, provocou Damares.
Ainda segundo a parlamentar, se durante o governo Bolsonaro, os indicadores negativos sobre o meio ambiente eram de responsabilidade do “ministro Ricardo Salles. Agora, a responsabilidade é da senhora[Marina] e sua equipe”.
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