Marina explica ‘queimadas do amor’ na Câmara nesta quarta-feira,16
Requerimento de convocação foi transformado em convite para viabilizar presença da ministra na Câmara dos Deputados
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vai prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 16, às 11h. A oitiva da ministra de Lula é resultado de negociação entre oposição e base governista na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Casa Baixa. O requerimento de convocação do presidente do colegiado, Evair de Melo (PP-ES), e do vice-presidente, Rodolfo Nogueira (PL-MS) foi transformado em covite.
A lupa da Câmara sobre Marina
O deputado Rodolfo Nogueira destacou a gravidade dos incêndios em áreas agrícolas, que segundo ele, já destruíram mais de 59 mil hectares. “A convocação da ministra se faz imprescindível diante da gravidade dos incêndios que se alastram por extensas áreas do território nacional, atingindo diretamente a agropecuária. É urgente que o governo apresente soluções concretas para mitigar esses efeitos devastadores”, afirmou.
Nogueira ressalta que os incêndios impactam a produtividade agrícola, elevando os preços de insumos essenciais como o etanol, além de comprometer o planejamento industrial de grandes empresas do setor.
“Marina sumiu diante da crise climática?”
O presidente da Comissão de Agricultura, Evair de Mello (PP-ES), disse, em entrevista a O Antagonista que Marina não tem “competência” para gerir a crise climática do Brasil. “É importante ouvir a ministra Marina Silva na Câmara para expor sua incompetência em lidar com as queimadas, que só aumentaram”, disse Evair.
E acrescentou: “Marina virou fumaça diante da crise climática, enquanto propõe medidas radicais como o confisco de terras, prejudicando produtores rurais e gerando mais insegurança no campo. Precisamos respostas claras e ações efetivas, não ideologia”.
Mea culpa
Ante de depor, em reunião na Câmara dos Deputados, Marina Silva, admitiu que a estratégia do governo para lidar com o período de estiagem e queimadas “não foi suficiente”, colocando o Brasil como “vítima” da mudança climática.
“O que nós estamos descobrindo agora é que [o planejado] não foi suficiente. E ter essa clareza e essa responsabilidade de não querer mascarar a realidade ou minimizar a realidade faz parte de uma postura republicana diante da sociedade”, afirmou a ministra em entrevista à Folha de S.Paulo.
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