Marcel van Hattem classifica explosão no STF como “revolta reprimida”
"Essa revolta reprimida da população está começando a vir à tona", disse o líder do Novo em entrevista a O Antagonista
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) considera que as explosões na Câmara dos Deputados e no Supremo Tribunal Federal (STF) provocadas por Francisco Wanderley Luiz são uma “reação extremada” às ações do ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar não vê no episódio motivo para retrocesso na tramitação do projeto de lei da anistia.
“O impacto, na verdade, deve ser no sentido de aprovar a anistia. Essa reação extremada que a gente viu não é a primeira de uma pessoa revoltada com os abusos do STF e com as injustiças. Nós tivemos um episódio, lá em 31 de janeiro de 2023, de outra pessoa que se suicidou gritando “Fora Xandão”, disse o líder do Novo na Câmara dos Deputados.
E completou: “A anistia é absolutamente necessária para pessoas que não cometeram crimes, aliás, estão sofrendo profundas injustiças e essa revolta reprimida da população está começando a vir à tona”.
O parlamentar de oposição ao governo federal voltou a atribuir os episódios de violência aos “desrespeitos à Constituição” que, na opinião dele, são praticados por ministros da Suprema Corte. “É óbvio que nós precisamos de anistia e da pacificação das relações entre o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e também as diferentes correntes de política. A gente não pode aceitar que a violência seja padrão e ela, lamentavelmente, está sendo gerada por quem desrespeita a constituição e está cometendo abuso de autoridade”.
Como mostramos, a oposição na Câmara dos Deputados se organiza para manter vivo o projeto de lei da anistia aos presos do 8 de janeiro. A articulação ocorre após o episódio das explosões realizadas por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e no anexo quatro da Câmara, nesta quinta-feira, 14. O ministro Alexandre de Moraes e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se posicionaram contra a pauta, usando o ataque como “gancho” para as críticas ao projeto.
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