Marçal vota no último momento e descalço
Polícia Federal abriu inquérito para investigar o laudo falso usado pelo ex-coach para acusar Boulos de uso de drogas
O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, votou às 17h deste domingo, 6 de outubro, pouco antes das urnas fecharem. Ele compareceu à seção eleitoral descalço (foto).
Segundo a campanha de Marçal, a intenção era demonstrar humildade.
O candidato vota no Centro Educacional Brandão, em Moema, bairro da Zona Sul da capital paulista.
Marçal na mira da PF
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse neste domingo, 6, que a corporação dará uma resposta “o mais rápido possível” sobre a investigação envolvendo o laudo divulgado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de drogas.
“Eu não posso entrar em detalhes obviamente sobre a investigação dos próximos passos dela, mas o que posso garantir é que trabalhamos com a responsabilidade que temos em todas as nossas investigações e que daremos a resposta o mais rápido possível com qualidade e muita responsabilidade”, disse Rodrigues à CNN Brasil.
Filha de médico pede inelegibilidade de Marçal
Carla Maria de Oliveira Souza, filha do médico José Roberto de Souza, entrou com uma ação popular pedindo a inelegibilidade de Pablo Marçal (PRTB).
Na ação, Carla alega que o ex-coach usou de falsidade ideológica para atacar adversário político e pediu, em caráter de urgência, que Marçal seja impedido de concorrer nas eleições deste ano.
Relatório do Instituto de Criminalística de São Paulo atestou a adulteração do laudo apresentado pelo candidato do PRTB. Os peritos compararam oito assinaturas do médico José Roberto de Souza – que morreu há dois anos em decorrência de uma doença rara – de diferentes fontes obtidas pelos investigadores.
Dono de clínica foi condenado por falsificação
O biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica responsável pelo receituário apresentado por Marçal, foi condenado em 2021 por usar documentos falsos para obter o registro profissional de médico.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Teixeira Júnior apresentou ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul um diploma de graduação em medicina e uma ata de colação de grau falsos supostamente emitidos pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos. A instituição nega que ele tenha sido aluno do curso.
O fato de a faculdade ter sido renomeada como Centro Universitário Serra dos Órgãos foi outro elemento que indicou tratar-se de um documento falsificado. Ele teria pagado R$ 27 mil aos falsificadores.
Luiz Teixeira da Silva Júnior foi sentenciado a 2 anos e quatro meses de prisão, inicialmente em regime semiaberto. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a condenação, mas a substituiu por uma pena restritiva de direitos.
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