Marçal enfrenta perguntas sobre passado criminal no Roda Viva
Candidato à prefeitura de São Paulo admitiu também que polêmicas com jornalistas são táticas para viralizar nas redes sociais
Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, protagonizou momentos tensos durante sua participação no programa Roda Viva, exibido nesta segunda-feira, 2.
Confrontado por uma bancada de jornalistas, Marçal admitiu que suas reações agressivas em entrevistas anteriores, incluindo a recente sabatina na CNN Brasil, foram calculadas para gerar “cortes” que pudessem viralizar nas redes sociais.
A entrevista abordou questões delicadas sobre o passado de Marçal, incluindo uma condenação por furto qualificado em 2010, que acabou prescrevendo. Marçal demonstrou desconforto ao ser questionado sobre o assunto e evitou responder diretamente a outras perguntas, especialmente aquelas relacionadas à sua ligação com o bolsonarismo. A discussão esquentou quando os jornalistas Malu Gaspar e Pedro Borges o pressionaram sobre as implicações dessas conexões para a população negra de São Paulo.
Em diversos momentos, Marçal adotou uma postura combativa e, por vezes, arrogante, interrompendo os entrevistadores e desviando das perguntas. Ele expressou insatisfação com o que chamou de cerceamento de sua liberdade de expressão nas redes sociais, após seus perfis serem desativados por decisão da Justiça Eleitoral. A ação foi movida pelo PSB, que o acusou de abuso de poder econômico por incentivar a criação de vídeos virais com prêmios em dinheiro.
Apesar das polêmicas, Marçal tentou falar de propostas para a cidade, mencionando o projeto de implementar teleféricos como uma solução de mobilidade urbana inspirada em Medellín. No entanto, a entrevista foi amplamente dominada pelas controvérsias em torno de sua conduta e estratégia de comunicação, deixando as propostas em segundo plano.
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