Marçal desafia Nunes a citar a Bíblia e Tabata responde: “Cristão não dá golpe”
A deputada federal afirmou: "Onde está na Bíblia que cristão rouba, que cristão dá golpe, que cristão prejudica..."
O influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) desafiou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a citar trechos da Bíblia durante o debate promovido pelo grupo Uol/Folha nesta segunda-feira, mas foi obrigado a ouvir da candidata Tabata Amaral (PSB) que “cristão não dá golpe”, em referência à condenação do ex-coach por envolvimento em uma quadrilha condenada por estelionato em 2010.
“A Bíblia tem mais de 30 mil versículos, ele não consegue citar nem dois aqui”, disse o influenciador para Nunes, que ao longo dos últimos dias têm se aproximado do eleitorado evangélico. Marçal, segundo as pesquisas, perdeu espaço junto aos evangélicos nas últimas duas semanas.
Tabata Amaral, por sua vez, criticou Marçal por tentar ao máximo explorar o cristianismo na campanha eleitoral.
“Sabe por qual motivo eu não fico esbravejando a minha fé? Porque não preciso. A relação que eu tenho com Deus é com Deus, é com a minha comunidade, com a minha Igreja. Eu aprendi desde muito pequeninha que o bom cristão demonstra seus valores pelos seus atos e não pelas suas palavras bonitas”, disse a candidata
“Quanta gente aqui que já foi investigada, condenada… onde está na Bíblia que cristão rouba, que cristão dá golpe, que cristão prejudica… tira dinheiro de coisa pequena ou de coisa grande… Com Jesus a gente não aprendeu sobre falação”, acrescentou ela.
Marçal, em tréplica, ironizou o discurso de Tabata.
“Tabata fez o discurso cristão mais longo durante essa campanha eleitoral. Quero te dar o parabéns. Quando a gente não domina o assunto, a gente ataca ele”, afirmou.
A briga entre Boulos e Nunes
A menos de uma semana da votação, o prefeito e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP, à direita na foto) têm de enfrentar o passado na disputa para avançar para o segundo turno pela Prefeitura de São Paulo.
Dois dos três líderes nas pesquisas de intenção de voto, Nunes e Boulos foram questionados pelo segundo debate seguido, desta vez no promovido pela Folha de S.Paulo e pelo portal Uol, por decisões e posições que teriam deixado de lado em busca de votos.
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No caso do prefeito, o questionamento é sobre sua posição em relação às vacinas contra Covid. Em novembro de 2023, Nunes disse que manteria a demissão de servidores que não se vacinaram, contrariando portaria do governo Bolsonaro. Nesta campanha, ele disse que não demitiu ninguém.
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