Marçal adota arquétipo de ‘bom governante’ e Nunes vira alvo preferencial
Principais candidatos à Prefeitura de São Paulo discutem propostas no debate da TV Globo, o último da campanha
Os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo tentaram isolar ao máximo o ex-coach e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) no início do debate da TV Globo, realizado na noite desta quinta-feira. Esse é o último debate da campanha.
Assim, o prefeito de São Paulo virou o alvo preferencial dos demais concorrentes. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) e os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP) criticaram duramente a atual gestão paulistana. A deputada, inclusive, classificou a gestão de Nunes como “medíocre” após ser questionada por Boulos sobre a gestão Nunes.
Ignorado o máximo possível pelos demais concorrentes, Marçal adotou o arquétipo de bom governante e fez algumas dobradinhas inusitadas, como uma com Datena, na qual discutiram segurança pública.
“Jogo desigual”
“Há um roubo que é bem pior que é o do dinheiro público. Estou em um jogo desigual, e as pessoas que estão aqui, exceto eu, gastaram mais de 100 milhões de reais em dinheiro público”, disse Marçal ao ser questionado por Datena como poderia reduzir a criminalidade na capital paulista.
“São Paulo viverá jejum de crime. Bandido vai ter que praticar essas coisas em outras cidades”, acrescentou.
Até o momento, houve apenas um único embate entre os candidatos: entre Tabata e Nunes, quando a parlamentar criticou a gestão do emedebista.
“Ele não responde [às críticas] e diz que [São Paulo] ainda está a oitava maravilha”, declarou a parlamentar. “Acho que não precisa ofender, nós estamos aqui em um debate para trocar ideias. A senhora poder ter falado porque não votou no projeto de aumento de pena dos criminosos”, emendou Nunes.
Como estão os candidatos nas pesquisas?
Pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira, 3, confirmou a tendência de alta de Marçal na corrida pela Prefeitura de São Paulo, e mostra também queda de Nunes, seu principal adversário à direita.
Segundo o instituto, Marçal subiu três pontos percentuais e aparece com 24%, a mesma proporção de intenções de voto de Nunes, que tinha 27% e caiu três pontos na comparação com a última pesquisa.
Boulos oscilou apenas um ponto positivamente e tem 26%. Pela margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados na liderança.
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