Mandado contra Witzel aponta ‘possível ajuste ilícito’ com Mário Peixoto
Na decisão que autorizou a operação contra Wilson Witzel, obtida por O Antagonista, o ministro do STJ Benedito Gonçalves citou interceptações da Operação Favorito que apontam que o grupo de Mário Peixoto pagou propina para que o governador reabilitasse uma organização social a contratar novamente com o governo do estado...
Na decisão que autorizou a operação contra Wilson Witzel, obtida por O Antagonista, o ministro do STJ Benedito Gonçalves citou interceptações da Operação Favorito que apontam que o grupo de Mário Peixoto pagou propina para que o governador reabilitasse uma organização social a contratar novamente com o governo do estado.
Como mostramos neste mês, em outubro do ano passado, a Unir Saúde havia sido desqualificada como organização social pela Casa Civil e pela Secretaria de Saúde. Em 24 de março deste ano, foi publicado despacho de Wilson Witzel revogando a desclassificação da organização social.
No dia 20, Luiz Roberto Martins Soares — segundo o MPF, verdadeiro dono da Unir junto com Mário Peixoto –, disse a um interlocutor identificado como Elcy, que também seria ligado ao grupo, que pagou pela reabilitação da organização social.
Luiz Roberto: Diz o Mario que foi ele que acertou junto com o Governador. Mas não publicou ainda. Eu estava comprando isso de um outro cara.
Na decisão de hoje, Benedito Gonçalves diz que no caso há “indicativo de possível ajuste ilícito entre M.P. com o governador W.W., vez que o governador deu provimento a recurso hierárquico apresentado pela citada organização social e revogou a Portaria SES/SECCG n. 664/2019, que desqualificava a entidade, sob o fundamento de conveniência e oportunidade, demonstrando forte probabilidade da existência de ajustes para o desvio de dinheiro público”.
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