Major Vitor Hugo a O Antagonista: “Depois que a Previdência passar, a pressão sobre todo mundo vai cair”
Major Vitor Hugo começou 2019 bastante pressionado. Em seu primeiro mandato, foi escolhido por Jair Bolsonaro para ser o líder do governo na Câmara. O deputado do PSL viveu momentos "conturbados" -- como ele mesmo define --, mas acredita que, superado o desafio do primeiro semestre, está "consolidado na função"...
Major Vitor Hugo começou 2019 bastante pressionado. Em seu primeiro mandato, foi escolhido por Jair Bolsonaro para ser o líder do governo na Câmara.
O deputado do PSL viveu momentos “conturbados” — como ele mesmo define –, mas acredita que, superado o desafio do primeiro semestre, está “consolidado na função”.
“Acho que consegui superar bem. Havia duas preocupações: que a reforma da Previdência não avançasse e que as relações no partido se azedassem de tal maneira que minha permanência [na função de líder] e a de outros atores ficasse impossível. E o que aconteceu? A Previdência avançou e o PSL se uniu mais, a despeito de algumas dissidências”, comentou ele, em entrevista exclusiva a O Antagonista, a primeira ao site desde que assumiu o mandato.
O deputado disse que, neste segundo semestre, estará “mais leve” e tentará, inclusive, se aproximar mais da imprensa, de quem acabou fugindo meses atrás.
Ele espera que, após a conclusão da tramitação da reforma da Previdência, a Câmara se empenhe em continuar focada nas “pautas econômicas liberais”, como a reforma tributária.
“Depois que a Previdência passar, a pressão sobre todo mundo vai cair um pouco, e será possível organizar melhor as relações na Casa.”
Na avaliação de Vitor Hugo, as declarações polêmicas de Jair Bolsonaro não vão ter “qualquer interferência” nas votações.
“Já há uma maioria formada em torno dessas pautas econômicas liberais. A Previdência, no primeiro turno, recebeu 379 votos, uma margem muito expressiva.”
Ainda sobre a agenda do segundo semestre, ele falou em “possivelmente” começar a discutir as reformas política e administrativa.
Perguntamos sobre o pacote anticrime de Sergio Moro, que não havia sido mencionado por ele.
“O pacote é um dos temas que serão discutidos. O ritmo será dado pelo timing do convencimento. Na hora que o texto se consolidar e houver maioria para a aprovação, o presidente Rodrigo [Maia] vai colocar para votar.”
E as mensagens roubadas envolvendo a Lava Jato vão atrapalhar a tramitação do pacote?
“A oposição sempre vai usar qualquer pretexto para reforçar o argumento dela. Mas já há um consenso, no centro e na direita, de que o ex-juiz Sergio Moro não ultrapassou qualquer limite. Tem que tocar o barco. A Lava Jato não será abalada em razão dessas mensagens. O conteúdo divulgado não quer dizer nada.”
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