Mais uma pedra no caminho do acordo de Joesley
Apesar da disposição da PGR de repactuar o acordo de colaboração de Joesley Batista, o empresário agora tem mais um obstáculo para acertar as contas com a Justiça: o ex-amigo Lúcio Funaro. Em dezembro, a esposa e a irmã do doleiro comunicaram a Edson Fachin, relator da delação no STF, que estão sendo sendo pressionadas quitar uma mansão que ele adquiriu de Joesley e onde mora com a família. A cobrança, que elas consideram indevida, é de R$ 2,8 milhões...
Apesar da disposição da PGR de repactuar o acordo de colaboração de Joesley Batista, o empresário agora tem mais um obstáculo para acertar as contas com a Justiça: o ex-amigo Lúcio Funaro.
Em dezembro, a esposa e a irmã do doleiro comunicaram a Edson Fachin, relator da delação no STF, que estão sendo sendo pressionadas a quitar uma mansão que ele adquiriu de Joesley e onde mora com a família. A cobrança, que elas consideram indevida, é de R$ 2,8 milhões.
As duas alegam que, no material da delação entregue à PGR, Joesley mostrou, numa “planilha informal”, que já teria recebido de Funaro R$ 15,7 milhões pelo imóvel, em 2015. Por isso, acusam o empresário de delação caluniosa, motivo previsto na lei para rescisão do acordo.
Raquel Pitta, a mulher de Funaro, ainda acusa Joesley de não quitar uma dívida com a Viscaya, uma das empresas do marido — em seu acordo de delação, Lúcio disse que Joesley lhe deve mais de R$ 100 milhões, por negócios lícitos e ilícitos.
Junto com Roberta Funaro, irmã de Lúcio, Raquel chama Joesley de “pseudo-colaborador”, o acusa de agir com má-fé, de ter postura “reprovável, antiética, ilegal”, “totalmente incompatível com aquela esperada de um colaborador” e de “fazer pouco caso com a Justiça”.
“As declarações de Joesley Batista mais configuram estorvo à Justiça do que qualquer espécie de colaboração, sobretudo porque o pseudo-colaborador é prodígio em criar histórias que não se confirmam e contradizer-se a si próprio”, diz o comunicado enviado a Fachin.
Joesley e Funaro já foram parceiros e amigos. Segundo as investigações da Operação Cui Bono, foi através do doleiro que, entre 2012 e 2015, o empresário conseguiu R$ 6 bilhões do Fundo de Investimentos do FGTS (à época controlado por Eduardo Cunha, na Caixa) para financiar a expansão do grupo J&F, mediante propina de R$ 120 milhões.
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