Mais uma denúncia contra Silvio Almeida
Duas ex-servidoras do Ministério dos Direitos Humanos denunciaram o ex-ministro à PGR por injúria e difamação
Duas ex-servidoras do Ministério dos Direitos Humanos denunciaram o ex-ministro Silvio Almeida à Procuradoria-Geral da República (PGR) por injúria e difamação.
Segundo o Uol, as autoras da denúncia são Kelly Garcêz, ex-coordenadora-geral do Disque 100, e Iany Brum, coordenadora de apoio do serviço.
Ambas foram citadas na nota em que a pasta, ainda sob o comando de Silvio Almeida, colocou em dúvida as intenções da ONG Me Too Brasil, organização responsável por divulgar as denúncias sexual contra o ex-ministro.
“Os dizeres contidos na nota pública em tela, amplamente divulgada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, se revestem de gravidade e atentam diretamente a honra, o decoro e a dignidade das servidoras públicas federais, ora representantes, com reflexos na credibilidade da administração pública e dos serviços institucionais da pasta ministerial”, diz a representação, assinada pelo advogado Paulo Emílio Catta Preta.
O documento também diz que o uso dos canais oficiais de comunicação do governo para atentar contra a honra das ex-servidoras torna a conduta ainda mais grave.
“Demonstra evidente desvio de função e utilização de recursos públicos para fins particulares.”
A defesa de Kelly e Iany pede que a PGR abra um novo inquérito para apurar os crimes contra honra.
Leia mais: Ministério de Almeida põe em dúvida intenções da Me Too
STF abre inquérito sobre Silvio Almeida
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu em 17 de setembro um inquérito na Polícia Federal sobre as denúncias de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
A decisão atende a pedido da própria PF endossado pela Procuradoria-Geral da República.
Além da PF, o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal também abriu um inquérito civil sobre as denúncias de assédio sexual em 9 de setembro.
Como caiu Silvio Almeida no Ministério dos Direitos Humanos?
Após denúncias sobre supostos casos de assédio sexual e moral, Silvio Almeida foi exonerado no início da noite de sexta-feira, 6, do Ministério dos Direitos Humanos. A decisão ocorreu após reunião ocorrida no Palácio do Planalto com o presidente Lula.
Antes de tomar uma decisão, o presidente também conversou com os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho. A ministra Anielle Franco – Igualdade Racial – e pivô da crise também foi ouvida.
Como mostramos, a ONG Me Too Brasil informou ter recebido denúncias contra Almeida sobre casos de assédio sexual. Uma das vítimas, segundo o Metrópoles, seria a ministra de Igualdade Racial.
O Antagonista revelou com exclusividade que servidores foram coagidos a assinar um manifesto em defesa do ex-ministro, o que se configuraria assédio moral.
Em resposta, o ex-ministro negou as acusações. Em um primeiro momento, disse que as denúncias não passavam de uma “campanha” para afetar a sua imagem “enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público”. “As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram ‘denunciação caluniosa’. Tais difamações não encontrarão par com a realidade”, declarou Almeida.
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