Mais um capítulo da pressão de Bendine sobre o motorista Ferreirinha
Ao transformar a prisão de Aldemir Bendine em preventiva, Sérgio Moro disse que as pressões do então presidente do Banco do Brasil sobre o motorista Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, que transportou sacolas de dinheiro vivo para Bendine, eram um vergonhoso episódio...
Ao transformar a prisão de Aldemir Bendine em preventiva, Sérgio Moro disse que as pressões do então presidente do Banco do Brasil sobre o motorista Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, que transportou sacolas de dinheiro vivo para Bendine, eram um vergonhoso episódio.
“A apreensão de manuscrito em sua residência, com anotações nesse sentido (“encontro c/ motorista” “p/ dissuadi-lo a não depor no MPF”) e o depoimento da própria testemunha relatando as pressões e ameaças, são provas, em cognição sumária, de um vergonhoso episódio, no qual o então presidente do Banco do Brasil teria pressionado testemunha, pessoa simples, motorista que prestava serviços a ele e à instituição financeira, para não falar a verdade, obstruindo assim a Justiça”, escreveu o juiz da Lava Jato.
O vergonhoso episódio contou com a ajuda de mais gente.
Veja o que publicamos em maio do ano passado:
Uma história do Brasil
Brasil 19.05.16 15:49
O Antagonista teve acesso à cópia do depoimento de Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, ao MPF de São Paulo, em 5 de maio de 2014. No depoimento, que teve parte do conteúdo revelado pela Folha de S. Paulo, Ferreirinha relata à procuradora Karen Louise Jeanette Kahn que, na condição de motorista do então presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine, transportou sacolas de dinheiro vivo para lá e para cá.
Ferreirinha afirma no depoimento que Aldemir Bendine pediu a Alexandre Abreu, então vice-presidente do banco, que fosse conversar pessoalmente com ele, em frente a um café na estação de metrô São Bento, para convencê-lo a parar de espalhar a história do vaivém das sacolas. De acordo com o então motorista, Alexandre Abreu chegou a cancelar uma reunião em Alphaville, para ir ao encontro marcado no centro de São Paulo, que durou “umas duas horas”. Alexandre Abreu também teria ido “umas três ou quatro” vezes “na casa do depoente pra lhe dizer para cessar de falar sobre os fatos e fazendo-lhe promessas de emprego”.
Ferreirinha está sendo processado por Aldemir Bendine, hoje no comando da Petrobras. Alexandre Abreu é o atual presidente do Banco do Brasil. Aldemir Bendine quer muito que Alexandre Abreu permaneça no cargo.
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