Mais de 130 botos morrem no Amazonas
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá informou que foram encontradas mais 10 carcaças de botos vermelho e tucuxi no Lago Tefé, no Amazonas. Até o momento, as altas temperaturas na região estão sendo apontadas como a principal causa da morte de mais de 130 botos no lago...
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá informou que foram encontradas mais 10 carcaças de botos vermelho e tucuxi no Lago Tefé, no Amazonas. Até o momento, as altas temperaturas na região estão sendo apontadas como a principal causa da morte de mais de 130 botos no lago.
De acordo com os dados do monitoramento das condições da água do lago, registrados no final da tarde de quinta-feira (5), foi constatado que a temperatura da água chegou a atingir até 38°C. Além disso, vários peixes mortos foram encontrados próximos a uma mancha identificada há alguns dias com uma floração de algas. Suspeita-se que essas algas estejam liberando algum tipo de toxina.
A ONG Sea Shepherd Brasil, sediada em São Paulo, enviou quatro piscinas infláveis que serão utilizadas para garantir a sobrevivência dos animais afetados pela seca extrema e aumento da temperatura da água no lago.
Com o objetivo de coordenar as ações, foi instalado um Comando de Incidentes (CI) em Tefé. As atividades estão concentradas no monitoramento dos animais vivos, recolhimento e necropsia das carcaças, além da coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.
Protocolos sanitários estão sendo adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais apresentam ferimentos causados pelas lâminas dos barcos a motor, uma vez que não há profundidade suficiente para mergulharem e escaparem das hélices. O ICMBio continua reforçando as ações para proteger as espécies, conforme informou o órgão ambiental.
A mobilização teve início no último final de semana, após a morte de mais de 100 mamíferos aquáticos, como os botos vermelho e tucuxi, que habitavam o local.
No sábado (30), equipes de veterinários e servidores do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) e da Divisão de Emergência Ambiental do ICMBio foram enviadas para investigar as causas dessa grande quantidade de mortes dos animais.
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