Mãe tenta jogar filho de ponte e é impedida por testemunhas
Criança de 8 anos foi salva; mãe foi presa por tentativa de homicídio
Na noite de domingo, 29, uma mulher foi presa em flagrante em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, após tentar jogar seu filho de 8 anos da ponte Barcelos Martins, que atravessa o Rio Paraíba do Sul. O incidente foi evitado por transeuntes que passavam pelo local e impediram a ação da mãe, que aparentava estar fora de si.
Testemunhas relataram que o menino estava agarrado ao guarda-corpo da ponte, gritando “me solta”, enquanto a mãe tentava lançá-lo no rio. A Polícia Militar foi acionada e chegou rapidamente ao local. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a mulher sendo confrontada pelas pessoas ao redor, e, em resposta, ela teria dito: “Problema! O filho é meu”. O Corpo de Bombeiros foi acionado para o resgate da criança, que foi entregue à Polícia Civil.
A mulher foi levada à 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) e autuada por tentativa de homicídio. Ela afirmou, em depoimento, estar passando por dificuldades financeiras e alegou estar fora de si no momento do incidente. Após ser presa, recebeu atendimento médico e passou por avaliação psicológica. A criança foi entregue à avó materna e já era acompanhada pelo Conselho Tutelar, que solicitou medidas protetivas com base na Lei Henry Borel.
A Lei Henry Borel, oficialmente Lei nº 14.344/22, foi criada para proteger crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar, estabelecendo mecanismos semelhantes aos da Lei Maria da Penha. A legislação prevê medidas protetivas de urgência, como o afastamento imediato do agressor do lar, a proibição de contato e a suspensão da posse de arma de fogo. Além disso, garante o acolhimento das vítimas, que podem ser encaminhadas para instituições ou famílias substitutas.
Outra medida importante é a denúncia obrigatória, que exige que qualquer pessoa que testemunhe violência doméstica contra menores comunique o fato às autoridades competentes. Em casos de risco iminente, pode ser solicitada a prisão preventiva do agressor para garantir a segurança da criança ou adolescente.
A aplicação dessas medidas no caso do menino resgatado em Campos dos Goytacazes será analisada pela Justiça, que também avaliará a continuidade do convívio da criança com a mãe, que permanece presa. A Polícia Civil segue investigando o caso.
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