“Mãe”
Diogo Mainardi, na Crusoé: "Minha mãe morreu. Ela estava lendo Tucídides na semana passada. Agora entrou para a história, como Péricles. É a heroína da nossa Guerra do Peloponeso familiar. Só escrevo por causa dela: dedico-lhe, portanto, uma página em branco. Ela vai fazer uma falta danada. Com uma dor insuportável – e com uma saudade mais insuportável ainda -, saio de fininho e vou chorar ali no canto...
Diogo Mainardi, na Crusoé:
“Minha mãe morreu. Ela estava lendo Tucídides na semana passada. Agora entrou para a história, como Péricles. É a heroína da nossa Guerra do Peloponeso familiar. Só escrevo por causa dela: dedico-lhe, portanto, uma página em branco. Ela vai fazer uma falta danada. Com uma dor insuportável – e com uma saudade mais insuportável ainda -, saio de fininho e vou chorar ali no canto. ‘Depois de cada um haver chorado devidamente os seus mortos, ide embora’. Sim, Péricles: vou embora agora, e volto na semana que vem – sem Tucídides e sem minha mãe.”
A página em branco está na Crusoé.
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