Lula, Zanin e a construção de um mau caminho
Em editorial publicado nesta segunda (15), o Estadão afirma que a indicação de Cristiano Zanin para o STF sintetizaria o governo Lula 3: fiel a seus caprichos e indiferente ao interesse público...
Em editorial publicado nesta segunda (15), o Estadão afirma que a indicação de Cristiano Zanin para o STF sintetizaria o governo Lula 3: fiel a seus caprichos e indiferente ao interesse público.
“O terreno para a indicação parece cada vez mais preparado no Judiciário e no Legislativo. Em entrevistas, ministros do Supremo, bem como os presidentes do Senado e da Câmara, têm dito não haver objeções ao nome de Zanin. Chama a atenção que, nas manifestações de apoio a Cristiano Zanin, o máximo que se diz é que se trata de um advogado competente. ‘Eu reputo (Zanin) como um ótimo advogado’, disse o ministro Gilmar Mendes. Não há dúvida de que isso é um grande elogio, mas a questão é: basta ser um bom advogado para ser ministro do Supremo?“, diz o jornal.
“Segundo a Constituição, os integrantes do STF devem ser ‘cidadãos com mais de 35 e menos de 70 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada’. É um patamar exigente. Compor a Corte constitucional requer mais do que uma excelência na práxis da advocacia. É preciso ter notável saber jurídico. E aqui, sem desmerecer Cristiano Zanin, é de justiça reconhecer a completa ausência de qualquer conhecimento sobre ele. Não se sabe o que ele pensa. Suas posições jurídicas são uma incógnita“, acrescenta.
Na parte final, o Estadão critica a teimosia de Lula (foto), marca registrada do terceiro mandato do petista.
“É frequente a avaliação de que, nesses primeiros meses de governo, Lula da Silva tem escutado pouco e agido de forma teimosa – ou mesmo arbitrária – em muitos assuntos. De certa forma, a indicação de Cristiano Zanin para o STF seria a síntese perfeita desse modo obnubilado de governar. Ao efetuá-la, o presidente explicitaria que, indiferente às exigências constitucionais, é fiel apenas a seus impulsos, gostem os outros ou não. […] Por óbvio, esse jeito de governar gera sérios problemas ao país. O despotismo serve para realizar caprichos, não para identificar e implementar o interesse público […]”, conclui.
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